Atualizada em 03/05/2024 09:28
Nem tudo é permitido em nome da liberdade de expressão. Mas os libertinos não pensam assim
A liberdade de opinião não contempla o desrespeito a dignidade humana, a incitação à violência, a difamação, a calúnia e a injúria, menos ainda, o desrespeito a privacidade, a honra e a imagem das pessoas. Bastaria estas limitações para restar demonstrado que a liberdade de expressão tem seus próprios limites, sobretudo, nas sociedades verdadeiramente democráticas.
Quem não respeita a liberdade dos outros não a merece para si mesmos, expressão da lavra do imortal Abraham Lincoln. Contudo no nosso ambiente político, as agressões já se tornaram no mais freqüente instrumento daqueles que busca nos representar.
À propósito, os adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro insistem em acusá-lo de golpista e genocida, e em contrapartida, os bolsonaristas acusam o presidente Lula de ladrão de nove dedos.
A liberdade, em particular, a de expressão, nunca foi e nem poderá se constituir num direito absoluto, particularmente, em tempos de internet e da já bastante preocupante IA-Inteligência Artificial. Já dizia o estadista Winston Churchil: “uma mentira consegue dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo da verdade ter tido a oportunidade de se vestir”.
Quando assisto determinadas correntes de opiniões se opondo a regulamentação das nossas redes socais e o fazem como se estivessem se posicionando à censura, resta-me adverti-los: em toda guerra do tipo dente por dente e olho por olhos, muitos restarão cegos e banguelas.
A regulamentação das redes sociais não visa impedir a veiculação das informações, e sim, as desinformações, sobretudo àqueles que se escondem no anonimato e optam para veicular desinformação de caráter criminosa.
A regulamentação das redes sociais, dado os extraordinários avanços tecnológicos dos nossos meios de comunicação, nada tem a ver com censura. Volto a questionar: o que seria do tráfego de veículos de uma metrópole, tipo a cidade de São Paulo, caso o seu correspondente tráfego não fosse regulamentado?
Foram-se os tempos em que os candidatos eram avaliados pelos seus bons feitos. Hoje não mais, pois só conseguem sobreviver àqueles cujas reputações não foram assassinadas.