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Atualizada em 30/10/2024 10:23

Vejamos o que aconteceu nas eleições presidenciais  em 1989, a primeira após a nossa redemocratização.

         Ulisses Guimarães, de saudosas e merecidas memórias, presidiu a nossa última e mais recente Assembléia Nacional Constituinte. À seu tempo, também presidia a nossa Câmara dos Deputados, e a nível nacional, presidia o seu próprio partido, o PMDB, este amplamente majoritário em número de vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governadores. Ainda por cima, era reconhecido como o pai e o principal responsável pelas eleições diretas para presidente de nossa República.

        Possuidor de tão raro e importantíssimo currículo, tudo fazia crer que, se fosse candidato nas eleições presidenciais de 1989, se o altamente elogiado Ulisses Guimarães viesse ser candidatado à presidente da nossa República, não haveria ninguém capaz de derrotá-lo.

        Para estranheza de todo nós, brasileiros, não em razão da sua candidatura presidencial, bastante justificável, mas sim, dos resultados que se sucederam, ele ficou no 7º lugar entre os candidatos mais votados e ainda teve que assistir o 2º turno das eleições presidências de 1989, sendo disputadas por Fernando Collor e Luis Inácio Lula da Silva. Collor, filiado ao PRN e Lula, ao nascente PT.

           A sua frente e em número de votos, Ulisses Guimarães também perdeu para Leonel Brizola, Mario Covas, Paulo Maluf e Afif Domingos. Para quem, muito tinha feito pela nossa democracia, nada mais constrangedor poderia ter acontecido.

           Portanto, em tomando conhecimento das especulações que vem sendo sistematicamente feitas e em razão dos resultados das últimas eleições municipais, e que as mesmas guardarão relação com a disputa presidencial de 2026, só me restaria dizer uma coisa: “parem de bobagens e analisem o histórico das nossas eleições, em particular, as presidenciais”.

          Se dependesse do seu partido, o PT, e do número de petistas detentores de mandatos eletivos, o hoje presidente Lula não estaria exercendo o seu 3º mandato.  De mais a mais, acrescento: Fernando Collor, em 1989 e Jair Bolsonaro, em 2018, caso dependessem dos seus partidos, o PRN e o PSL, jamais teriam sido eleitos.

          Lamentavelmente, os nossos partidos políticos têm se prestado, fundamentalmente, para abrigar candidaturas, enquanto os eleitos, sequer precisam guardar fidelidade aos partidos que possibilitaram as suas eleições. Reporto-me àqueles candidatos que não conseguem alcançar os chamados coeficientes eleitorais, e estes formam as maiorias em todas as nossas casas legislativas.

Repito: as eleições de 2026, nada terão a ver com as eleições de 2026.

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