Atualizada em 30/08/2024 11:08
Jamais devemos acreditar numa democracia sem partido político e nem em candidaturas avulsas.
Nas duas mais destacadas democracias do mundo, na dos EUA, apenas dois partidos políticos, há centenas de anos, se revezam no poder: o republicano e o democrata. Na Inglaterra três: o trabalhista, o conservador e o liberal. Cá entre nós, no nosso Congresso Nacional vamos encontrar representantes de 20 partidos políticos, entre eles, o PRTB, o nanico que está abrigando a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo.
Do PRTB, e os fatos abundam e comprovam, pois nem mesmo o seu presidente Nacional, Levy Fidélis, em suas 14 candidaturas e aos mais diversos mandatos eletivos, sequer conseguiu se eleger a vereador, a despeito de haver se candidatado a presidência da República duas vezes.
Até ser extinto da nossa salada de legendas, o PTB, o partido a que havia pertencido Getúlio Vargas, era presidido pelo notável encrenqueiro e encrencado Roberto Jeferson. Presentemente, o referido partido encontra-se no mesmo cemitério que estão repousando o PRN, a legenda que se prestou para abrigar a candidatura de Fernando Collor de Melo, quando das eleições de 1989 e o PSL o partido que cedeu a sua legenda para a candidatura de Jair Bolsonaro, eleito nas eleições de 2018.
Não que o PRTB já estivesse morto e sepultado, mas sim e certamente, feito um morto-vivo porquanto outra não foi à condição que levou Pablo Marçal a nele vir se filiar. Por sê-lo um sujeito de má fama e filiado a um partido nanico e também de má fama, quem poderia imaginar que a sua candidatura à prefeitura da maior e mais importante metrópole do nosso país viesse causar tantos reboliços?
Somente àqueles que crêem que irá subir e descer nos elevadores do prédio com um Km de altura que o mitômano Pablo Marçal vem prometendo que irá construir e quem acredita na rede de teleféricos interligando as centenas de favelas existentes na cidade de São Paulo estão se dão por satisfeito quando o dito cujo passa a debulhar, conta após conta, o seu rosário de promessas.
Enquanto não dispusermos de uma legislação eleitoral que impeça o surgimento de determinadas candidaturas, reporto-me particularmente àquelas que objetivam enganar os eleitores, a nossa atividade política continuará se depreciando e arrastando até a nossa própria democracia.
Certa vez quando perguntado, o imortal Mahatma Gandhi assim respondeu: o que destrói o ser humano é a política sem princípios, o prazer sem compromissos, à riqueza sem trabalho e os negócios sem moral.
Se vier se eleger prefeito da cidade de São Paulo Pablo Marçal será mais uma decepção para a nossa já bastante decepcionada atividade política. Lembremos no resultou a eleição de Celso Pitta à dita prefeitura.