Atualizada em 12/07/2024 10:03
Nas nossas disputas eleitorais os candidatos acusarem-se de ladrão virou uma “moda”?
Não, afinal de contas, “moda” é algo sugerido preferencialmente, pelos renomados costureiros e figurinistas. A propósito, são eles próprios que decidem quando uma determinada “moda” deva chegar ao fim, e para que isto aconteça, basta rotulá-la de cafona. Esta expressão jamais se prestará para definir o verdadeiro caráter de qualquer pessoa.
Ser ladrão ou ser corrupto, não significa que o acusado e nem que o acusador esteja dentro ou fora da “moda”, significa tão somente que ambos são completamente desprovidos de caráter. A propósito, na nossa atividade política, não raramente, a palavra ladrão tem estado presente sempre que os nossos candidatos partam para as trocas de chumbo.
Insultos desta ordem já se tornaram freqüentes nas nossas campanhas eleitorais e foi exatamente o que aconteceu na nossa mais recente disputa presidencial, posto que, a nossa polarização política em muito já havia contribuído para que agressões do tipo “ladrão de nove dedos”, de um lado, e do outro, “genocida e golpista”.
Já que tudo está nos levando a crer que em 2026, ou mais precisamente, quando da nossa próxima disputa presidencial, o clima estará ainda mais piorado, algo comparado as temperaturas dos altos fornos, o que haverá de ser feito para que isto não aconteça?
Se os historiadores cuidam dos acontecimentos passados e mesmo assim divergem, profetizar acontecimentos futuros torna-se ainda mais difícil, mas de uma coisa tenhamos absoluta certeza: se o lulismo e o bolsonarismo se mantiverem nos níveis atuais, e quem sabe até, bastante piorados, a nossa própria democracia será cada vez mais prejudicada. Daí a recomendação: leiam o best-seller “Como as Democracias Morrem”.
Nas nossas campanhas eleitorais, lamentavelmente, por não se revelarem capazes para exercerem o poder o que tem prevalecido tem sido as pretensões dos candidatos assassinarem suas próprias reputações. . Como em toda guerra do tipo olho por olho e dente por dente muitos restarão muitos cegos e banguelas e se a guerra entre os lulistas e os bolsonaristas continuar, até a disputa presidencial de 2026 tudo poderá acontecer, posto que, às chamadas redes sociais estão aí, prontas e preparadas para fazer, e em nome da libertinagem, não da liberdade, todas as ações para as quais vierem a ser contratadas.
Se ao tempo da revolução francesa as comunicações só corriam de boca em boca, quando a caminho do cadafalso Madame Roland exclamou: “Ó liberdade, quantos crimes se cometem em seu nome!”.
Em tempos de internet e sem as devidas responsabilizações os assassinatos de reputações tornaram-se bastante facilitado.