24.3 C
Rio Branco
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
O RIO BRANCO
Acre

Justiça mantém condenação de homem por publicar mensagens ofensivas em grupo de WhatsApp

Caso teria ocorrido em 2020, mas houve recursos contra a sentença do 1º Grau e, agora, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve a condenação para que homem pague R$ 3 mil de indenização por proferir ofensas de cunho homofóbicas

 

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu manter a condenação de um homem que proferiu ofensas em grupo de WhatsApp, agredindo vítima com termos chulos e homofóbicos.

O relator do caso foi o desembargador Francisco Djalma que votou por conservar a sentença do 1º Grau, emitida na 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco. Dessa forma, o requerido deve fazer o pagamento de R$ 3 mil de danos morais para a vítima.

Caso e decisão

A situação ocorreu em outubro de 2020. O autor relatou que administrava dois grupos de vendas e ofertas de motocicletas, e quando o requerido enviou uma mensagem com um placar de um jogo de futebol, pediu para que fosse mantido o foco no mundo do motociclismo. Depois disso, conforme o autor alegou, o requerido começou a ofendê-lo.

O caso foi julgado procedente. Mas, existiram apelos contra a sentença do 1º Grau, que foram negados pela desembargadora Denise Bonfim e desembargadores Francisco Djalma e Júnior Alberto, que participaram desta sessão na 2ª Câmara Cível do TJAC.

Na decisão, o relator enfatizou que o direito à liberdade de expressão é limitado pelos direitos individuais. “Embora o direito à liberdade de expressão seja resguardado pela Constituição Federal, não é absoluto, encontrando limites nos direitos individuais, os quais, igualmente, encontram guarida constitucional, sob pena de ofensa à tutela dos direitos da personalidade que, uma vez violados, ensejam a reparação civil, como exatamente ocorreu no caso em deslinde”, escreveu Djalma.

Além disso, o magistrado registrou que o conteúdo das mensagens foi ofensivo, contendo termos chulos e demonstrando homofobia. “Infere-se das mensagens, áudios e figurinhas postadas pelo apelante, sem o maior esforço de raciocínio, que ocorreu o uso de termos chulos para expressar homofobia”, anotou o desembargador.

Apelação Cível n.° 0710318-96.2020.8.01.0001

[Assessoria]

Compartilhe:

Artigos Relacionados

Pesquisa do Instituto Multidados de MG mostra cenário para disputa do governo e senado em 2026

Marcio Nunes

Governador Gladson Camelí empossa 173 novos servidores do Iapen e reforça Segurança Pública no Acre

Redacao

Deputado Federal Dr. Eduardo Veloso: Resex Chico Mendes; veja o vídeo

Raimundo Souza

MPAC e MDHC promovem capacitação sobre execução do Plano Ruas Visíveis

Jamile Romano

Interdição da ponte sobre o Rio Caeté é adiada em Sena Madureira, interior do Acre

Raimundo Souza

Prefeito de Rio Branco recebe reitor da Catedral e garante apoio ao Círio de Nazaré

Jamile Romano