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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
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jogo criado por alunos da Ufac vai representar o Acre na Alemanha em 2026

Inspirado nas florestas amazônicas e no dia a dia de jovens acreanos, um jogo desenvolvido por onze estudantes de Sistemas de Informação da Universidade Federal do Acre (Ufac) ganhou projeção nacional e agora se prepara para cruzar o oceano. O projeto, chamado Carbon – 0, foi escolhido pelo público na Mostra Competitiva de Jogos da Amazônia Legal, durante a Headscon 2025, realizada em Rio Branco. O desempenho rendeu à equipe o prêmio de R$ 21,5 mil e a vaga para representar o Acre em um evento internacional na Alemanha, em agosto de 2026, conforme divulgado pelo g1.

Uma trama amazônica com olhar jovem

No game, os irmãos Ícaro e Maria mergulham em uma investigação ambiental na tentativa de provar a inocência do pai. Para isso, precisam coletar pistas, identificar fraudes e até invadir empresas envolvidas com crimes ambientais. A produção nasceu dentro da Ufac entre 2024 e 2025, em meio a aulas, projetos finais e à rotina acelerada da graduação.

Como a premiação concede apenas uma vaga para viagem, o grupo escolheu o estudante André Siqueira, 25 anos, para representar a equipe na Alemanha. Ele conta que o momento do anúncio foi inesquecível.
“Quando chamaram nosso jogo, a gente gritou, pulou… não sei se vou sentir isso de novo”, disse ao g1.

Para André, o reconhecimento nacional reforça a confiança do grupo.
“Nos dá ainda mais gás para continuar em um ritmo mais acelerado e entregar o que o público e os avaliadores esperam de nós”, afirmou.

Criar um game no ritmo da universidade

Produzir o Carbon – 0 foi um desafio que passou longe de ser apenas técnico. Muitos integrantes tinham pouca experiência em programação e precisaram dividir o desenvolvimento com provas, trabalhos e outras demandas acadêmicas.

O estudante Thiago Costa lembra que o interesse por criar jogos começou em um evento interno da Ufac, quando ele e amigos tentaram desenvolver um protótipo.
“Ficamos em terceiro lugar. Daí pra frente, o grupo só cresceu — e a vontade de fazer jogos também”, contou.

Para ele, a forte recepção na Headscon se deve à combinação entre narrativa envolvente e acessibilidade do jogo.
“A gameplay é simples e fácil de entender, o que atraiu crianças e pessoas que não jogam tanto. Mas acho que o carisma do grupo fez muita diferença”, avaliou.

Rumo à Alemanha — e a um novo capítulo

Com quase um ano até a apresentação oficial, marcada para 26 de agosto de 2026, a equipe já trabalha em uma versão aprimorada do Carbon – 0. A meta é incluir novas mecânicas, refinar a arte, ajustar a história e melhorar detalhes técnicos para apresentar uma edição mais robusta ao público europeu.

A viagem representa não apenas o Acre e a Ufac, mas também uma porta de entrada para o mercado global de games. No evento internacional, o jogo ficará diante de estúdios renomados, profissionais experientes e tendências emergentes — um salto significativo para quem começou desenvolvendo jogos entre uma aula e outra.

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