Publicado em 15/06/2025
Fumaça e chamas sobem ao céu após um ataque israelense ao depósito de petróleo de Shahran, em 15 de junho de 2025, em Teerã, no Irã. (Stringer/Getty Images)
Madrugada foi marcada por novos ataques entre os países. Segundo o governo israelense, os ataques continuarão pois há ‘objetivos importantes’
Israel e Irã avaliavam no domingo os danos de uma onda de ataques cada vez
mais mortais, com ambos os lados se preparando para mais em um conflito,
que aumenta de escopo e intensidade.
O ministro de relações exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, afirmou neste
domingo, 15, que a operação das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em
inglês) continuará e ainda tem “objetivos importantes a serem cumpridos”.
O ministro das Relações Exteriores do Irã,Abbas Araqchi, afirmou que Teerã
estava reagindo à agressão externa e que, se essa agressão parar, as reações
iranianas também cessarão.
Caças israelenses bombardearam Teerã, capital do Irã, durante a noite,
incendiando o céu com as chamas dos reservatórios de combustível em
chamas da indústria energética vital do país. Segundo oficiais militares, foram
80 alvos no território iraniano, entre eles o Ministério de Defesa iraniano.
Enquanto isso, o Irã lançava mísseis balísticos contra Israel. O novo ataque
iraniano atingiu edifícios residenciais na planície costeira e no norte de Israel,
conforme informações do serviço de resgate israelense, obtidas pela AFP,
deixando ao menos 13 mortos. Um outro ataque atingiu estações de
abastecimento para caças israelenses.
As Refinarias de Petróleo de Israel informaram que seus dutos e linhas de
transmissão em Haifa foram danificados por ataques com mísseis, a empresa
afirmou que não houve feridos ou mortes nos locais atingidos e que as
instalações de refino continuam operando, apesar da paralisação de algumas
operações secundárias.
Os ataques da madrugada foram mais ferozes e prolongados na história da
inimizade de décadas entre Israel e Irã, aumentando os temores de uma guerra
mais ampla que poderia atrair os Estados Unidos e outras potências.
Alemanha, França e Reino Unido informaram que estão dispostos a iniciar
negociações imediatas com o Irã sobre o programa nuclear de Teerã, como
forma de reduzir as tensões no Oriente Médio.
*Com informação da VEJA