23.3 C
Rio Branco
domingo, 20 de abril de 2025
O RIO BRANCO
Coluna EsplanadaColunistas

Investimentos do Governo do Acre resultam na queda do analfabetismo de 16,6% para 12,1%

Atualizada em 31/05/2024 14:59

Dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022, das 608,9 mil pessoas de 15 anos ou mais de idade, 535 mil sabiam ler e escrever um bilhete simples e 78,9 mil não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 87,9% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 12,1%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 83,4% e 16,6%. Os dados mostram que os investimentos que o governador Gladson Cameli (PP) fez e continuar a fazer na educação estão surtindo efeitos positivos.
A taxa de analfabetismo no Acre vem caindo a cada censo. De 2010 para 2022, a queda foi de 27,1%, depois de ter caído 30,9% de 1991 para 2000 e 30% de 2000 para 2010. Ainda conforme o IBGE, entre as unidades da federação, as maiores taxas de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%.
Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas. Na Região Norte, o Acre é o detentor da pior taxa de analfabetismo, mas é o Estado que mais cresceu nos últimos cinco anos. O Acre possuí taxa de analfabetismo menor do que todos os estados da Região Nordeste.
Os números também mostram que quanto mais idade maior a taxa de analfabetismo. Os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas (0,66%) e o de 65 anos ou mais apresentou a maior taxa (3,55%). Rio Branco, Brasiléia, Epitaciolândia e Acrelândia são os municípios mais alfabetizados do Acre
Somente quatro municípios obtiveram uma taxa de analfabetismo menor que a média geral do Acre. Destaque para a capital Rio Branco (7%) e Brasiléia (11%). Enquanto isso, 18 municípios apresentaram taxas acima da média do Acre, destaques negativos para Marechal Thaumaturgo (22,8%), Feijó (22,7%) e Santa Rosa (22,6%). Percebe-se que os municípios com um grande contingente de população indígena tendem a ter uma taxa de analfabetismo maior.
A partir de 2019, verificou-se uma melhora nos níveis de alfabetização em todos os municípios acreanos. Todos conseguira baixar suas taxas. Dezesseis deles conseguiram uma redução da taxa de analfabetismo maior que a do Acre que foi de 27,1%, saindo de 16,6% para 12,1%. Os municípios que se destacaram na redução da taxa foram: Brasiléia (45,9%), Porto Walter (45,8%) e Feijó (38,5%). Somente seis municípios tiveram redução abaixo da verificada pelo estado, destaques para as três menores reduções: Plácido de Castro (18,9%), Rio Branco (21,8%) e Bujari (25,5%).
Estudos comprovam que a educação, sobretudo a básica é o alicerce do desenvolvimento educacional de qualquer país. A educação básica é o primeiro passo para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais em crianças e adolescentes. Nessa fase, são adquiridos os conhecimentos fundamentais para a vida, como leitura, escrita, matemática e ciências. Claro que além disso, a educação proporciona base sólida para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos no meio social.

Semana de derrotas
Governo federal viveu uma semana marcada por derrotas no Congresso Nacional. De uma só vez, foi derrubado o veto presidencial à saidinha de presos e a articulação política do governo federal não conseguiu derrubar o veto do ex-presidente ao dispositivo que criminalizava o disparo de fake news durante as eleições.

Fim da linha para MST
Claro que as derrotas não ficaram por aí. O governo federal também não conseguiu manter o veto à Lei de Diretrizes Orçamentárias que proibia o repasse de recursos públicos a movimentos sociais como o MST ou para a realização de cirurgias de mudança de sexo em crianças.

Base em frangalhos
No caso específico da lei das saidinhas, foram 314 votos a favor da derrubada do veto na Câmara e 52 no Senado. Houve, inclusive, adesão de partidos que compõe a base governista como o MDB e o PSD. Tal fato comprova que a base governista encontra-se em frangalhos, apesar de o governo ter distribuído ministérios e diretoriais de estatais.

Um voto de surpresa
Um voto chamou a atenção da imprensa e dos congressistas. A deputada Maria do Rosário (PT), petista juramentada e integrante da chamada ala radical votou pela derrubada do veto das saidinhas de presos. Ela não se pronunciou sobre o tema até o momento. A deputada inda não se manifestou sobre a decisão.

Plano falhou
Essa não foi a única derrota do governo Lula na sessão do Congresso desta terça. Mais cedo, os deputados mantiveram o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro que retirou o trecho sobre fake news do texto que substituiu a Lei de Segurança Nacional (LSN). Evidente que a vitória foi da democracia.

Sem retaliação
Articulistas do governo lutaram pela derrubada, mas os governistas agiram com mais eficiência juntos aos líderes do Congresso para que o veto fosse mantido. Durante a votação, os aliados de Bolsonaro argumentaram que a redação do trecho poderia abrir margem para retaliações com fins políticos.

Terceira derrota
A terceira grande derrota do governo no Congresso foi durante a análise de um dispositivo da LDO que proibia o financiamento de movimentos sociais que incentivem “invasão ou ocupação de propriedades rurais” ou ações que busquem “diminuir ou extinguir o conceito de família tradicional”.

Voto vence veto
Esse dispositivo foi incluído na LDO pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente da República. O trecho foi barrado pelo governo. Na sessão do Congresso, entretanto, os parlamentares reincluíram esse trecho na LDO com o apoio de 339 deputados e de 47 senadores.

Golpe no consumidor
Câmara Federal aprovou, nesta semana, projeto que acaba com a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50. Tal media foi incluída no projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que visa criar incentivos para estimular a indústria de veículos sustentáveis. O projeto, agora, vai ao Senado Federal. Se aprovado, será sancionado e posto em prática.

Clima tenso
Vale lembrar que os debates sobre a taxação de compras internacionais vêm acontecendo desde o ano passado e, mais recentemente, chegaram até a gerar um bate-boca e clima tenso entre parlamentares e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Se aprovado no senado, o projeto vai inviabilizar compras no exterior, que é no momento, uma saída aos que querem fugir dos preços exorbitantes.

Simulação
O consumidor que comprar um tênis por 50 dólares, por exemplo, terá que pagar 20% referente à taxa de importação, mais 17% de ICMS. Nesse caso, ele pagaria 50 dólares, mais os 20% de importação, que subiria para 60 dólares. Com os 17% de ICMS, que são 10,2 reais. O tens teria um custo final de 70,2 dólares. Convertendo esse valor em real, o preço ficaria R$ 367 reais.

De olho nos bilhões
A Secretaria da Receita Federal informou que a isenção para compras internacionais de até US$ 50, se mantida pelo governo federal, resultaria em uma “perda potencial” de arrecadação de R$ 34,93 bilhões até 2027. As discussões sobre como o governo deve taxar as compras internacionais vêm acontecendo desde a instalação do novo governo.

Artigos Relacionados

Saidinhas de presos

Narciso Mendes

Que país é este?

Jamile Romano

Casa do Pastel

Rubedna Braga

Três novas espécies de margaridas amarelas foram descobertas no Norte de Minas,

Jamile Romano

Haja trumpetadas

Jamile Romano

Exportação de carne suína apresenta aumento superior a 200% em 2023

Jamile Romano