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Homem é preso por tentar invadir STF; polícia achou bomba com suspeito

Atualizada em 01/03/2025 17:26

Imagem: Artefato e bilhete encontrado junto com homem que tentou invadir o prédio do STFImagem: PCDF/Divulgação

Um homem de 52 anos foi preso ontem, em Brasília, por ter tentado invadir a
sede do Supremo Tribunal Federal.

O que aconteceu

O suspeito pulou a cerca do tribunal e tentou entrar no prédio na última
quarta-feira. O homem, que não teve o nome revelado, “proferiu diversas
ameaças, ofensas e hostilizações a ministros do Supremo”, segundo a Polícia
Civil do DF.

Homem foi preso dois dias depois da invasão. Ele foi encontrado ontem em
sua casa em Samambaia, na região metropolitana de Brasília, após a
investigação apontar que ele “planejava ações extremistas”. Os agentes fariam
apenas buscas e apreensões, mas o suspeito resistiu à abordagem e tentou
agredir os policiais. A PCDF afirma, então, que fez “uso moderado da força” e o
prendeu em flagrante por resistência e desacato.

Preso tinha materiais perigosos em casa. Segundo a PCDF, ele estava com
“bilhetes confirmando as suas intenções violentas, bem como um artefato para
a construção de bomba caseira”, além de um casaco de uso exclusivo da
Polícia Militar do DF.

 

Imagem: Artefato e bilhete encontrado junto com homem que tentou invadir o prédio do STFImagem: PCDF/Divulgação

Polícia apura motivações do ataque. A PCDF afirma que as investigações
buscam “mais elementos de informação que corroborem o crime de apologia ao
crime e ameaças aos ministros do Supremo”. Segundo apurou o UOL,
possíveis ligações partidárias do suspeito também são investigadas.

Terceira tentativa de ataque desde novembro

Caso é o terceiro do tipo em menos de 4 meses. Em 13 novembro,
Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, morreu após detonar
explosivos na Praça dos Três Poderes. Já em 29 de dezembro, Lucas Ribeiro
Leitão foi preso no interior da Bahia, pegando carona em um caminhão a
caminho de Brasília, por suspeita de planejar ataques na capital federal.

Prisão ocorre 10 dias após denúncia contra investigados por tentativa de
golpe. No dia 18 de fevereiro, a PGR (Procuradoria-geral da
República) acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas. Na
denúncia, a PGR afirma que o 8 de janeiro foi “fomentado e facilitado” pela
organização criminosa que seria liderada pelo ex-presidente.

STF tem recebido ameaças. Em novembro, a Polícia Federal informou que o
Supremo e seus ministros já haviam recebido mais de mil ameaças por e-mail
desde os atos de 8 de janeiro, e que várias delas chegaram à Corte logo após
a explosão causada por Tiü França e endossando aquela tentativa de atentado.

Chefe da AGU (Advocacia-geral da União) repudiou nova tentativa de
invasão do STF. Em publicação no X, o ministro Jorge Messias defendeu que
“é crucial responsabilizar os criminosos do 8 de janeiro, tanto civil como
criminalmente”. Bolsonaro e seus aliados têm tentado emplacar, no
Congresso, uma proposta de anistia aos envolvidos.

Uol

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