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Governo Lula se posiciona após sofrer ataques da Venezuela

Atualizada em 02/11/2024 09:42

Lula Foto: Ricardo Stuckert/PR

Gestão brasileira disse que viu com “surpresa” o tom adotado pelo regime de Nicolás Maduro

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rompeu o silêncio nesta sexta-feira (1°) e reagiu à série de provocações do regime do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, ao presidente brasileiro e integrantes do Palácio do Planalto e Itamaraty. Por meio de nota, o Brasil se disse surpreso com o “tom ofensivo” contra o país e seus símbolos nacionais, adotado por Maduro e seus aliados chavistas.

– O governo brasileiro constata com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais. A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo – disse o Itamaraty.

A reação ocorre depois de forças de segurança da Venezuela publicarem nas redes sociais uma montagem com a silhueta de Lula, com o rosto na penumbra, e a bandeira do Brasil ao fundo. A imagem veio com um aviso: “Quem se mete com a Venezuela se dá mal.”

A relação entre Lula e Maduro vem se deteriorando desde que o brasileiro voltou ao Planalto. Nos primeiros meses em Brasília, o petista tentou reabilitar o chavista, tirando a Venezuela do isolamento internacional.

O Brasil chegou a mediar o Acordo de Barbados, entre chavismo e oposição, assinado em outubro de 2023, que previa uma troca: a suspensão de parte das sanções internacionais à Venezuela e eleições presidenciais transparentes, com missões de observação da União Europeia, do Centro Carter e da ONU.

CAUTELA
Apesar de a oposição venezuelana constantemente denunciar a ditadura por não cumprir o que assinou, o Brasil adotou uma posição cautelosa – para muitos, até demais. Lula evitou criticar Maduro e apostou que a eleição seria um processo limpo, mesmo diante de evidências de que o chavismo vinha eliminando, um por um, os principais candidatos da oposição.

Primeiro, foi a inabilitação de María Corina Machado. Depois, de sua substituta, Corina Yoris. Sem contar a cassação dos direitos políticos de outros líderes antichavistas, como Juan Guaidó, Leopoldo López e Henrique Capriles.

Mesmo diante das fraudes na eleição presidencial de 28 de julho, que segundo organismos internacionais como o Centro Carter foram vencidas pelo ex-diplomata Edmundo Gonzalez, Lula foi comedido nas críticas, se restringindo a pedir a divulgação das atas de votação.

Quando ficou claro que o chavismo não mostraria nada, e Maduro acabou coroado pelo Conselho Nacional Eleitoral e pelo Tribunal Supremo de Justiça – ambos dominados pelo chavismo – é que a relação degringolou de vez. O petista passou a criticá-lo pela escalada autoritária, mas sem chamá-lo de ditador. O distanciamento se aprofundou e o alto comando chavista passou a acusar o Brasil de “agressão” e dizer que Lula e seu assessor especial, Celso Amorim, agiam com agentes da CIA.

*AE/Pleno News

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