Gladson  afirma que Flaviano deixa um legado de liderança e compromisso

A quarta-feira 20, Feriado Nacional em comemoração ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, terminou de forma triste, muito triste com a morte do ex-governador Flaviano Melo, presidente regional do MDB, aos 75 anos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP). Ele estava internado desde o dia 9 de novembro. “Flaviano deixa um legado de liderança e compromisso”, afirma o governador Gladson Cameli (PP), de quem Flaviano foi aliado, em 2018, e adversário, em 2022 e 2024, mas sempre mantiveram relação de amizade e respeito.

Na semana passado, Flaviano teve melhora em seu quadro clinico, mas voltou a piorar na segunda-feira, 18, segundo o boletim médico, divulgado pela esposa, Luciana Videl, na terça-feira. O corpo de Flaviano deve chegar a Rio Branco na noite desta sexta-feira, 22 e o velório ocorrerá no Palácio Rio Branco. Além de governador, Melo foi prefeito de Rio Branco, o último nomeado pelo governador, após aprovação na Assembleia Legislativas do Estado do Acre (Aleac).

O governador do Acre, Gladson Cameli, editou nota oficial lamentando a morte de Flaviano, prestou solidariedade aos familiares de Flaviano em suas redes sociais e decretou luto oficial de três dias. “O Governo do Estado do Acre manifesta seu mais profundo pesar e solidariedade aos familiares e amigos pelo falecimento do ex-governador Flaviano Baptista de Melo, ocorrido nesta quarta-feira, 20 de novembro. Em sinal de respeito, decreta luto oficial de três dias”, diz um trecho da nota oficial.

“Flaviano Melo faleceu aos 75 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sua trajetória marcou profundamente a política acreana, onde deixou um legado de liderança e compromisso desde a década de 1980. Natural de Rio Branco, Flaviano era filho de dois grandes nomes da política acreana: Dona Laudi e o ex-deputado Raimundo Melo”, afirma a nota.

A nota diz ainda que, ao longo de sua vida pública, ocupou importantes cargos, como ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e ex-prefeito de Rio Branco, dedicando sua carreira ao MDB e ao fortalecimento da boa política no Acre. O Governo do Estado presta suas condolências à esposa Luciana Videl, aos filhos Leonardo e Marcelo, e a todos os familiares neste momento de dor. Que Deus fortaleça os corações de todos os que o amavam e conceda conforto diante dessa grande perda, com a certeza de que Flaviano agora descansa em plenitude nos braços do Criador.

Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL) manifestou profundo pesar pela morte de Flaviano Flávio Batista de Melo, de 75 anos, ocorrido, nesta quarta-feira, 20, em São Paulo. Flaviano estava internado no Hospital Albert Einstein, onde tratava de uma pneumonia.

“O Executivo Municipal se solidariza com familiares e amigos do ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Rio Branco. Flaviano era presidente do MDB regional. Era um político de grande relevância para a história do Acre. Tinha uma extensa trajetória de serviços prestados em nossa amada capital e no Acre, em prol do desenvolvimento de todo o Estado”, diz a nota oficial da Prefeitura de Rio Branco.

“Às vezes, não entendemos a vontade de Deus, mas confiamos que Ele sabe o que é melhor. Sua sabedoria e grandeza é maior que nossos planos, e Nele encontramos força e esperança”, diz um trecho da nota divulgada pela esposa e pelo filho, Leonardo Melo.

O velório de Flaviano será realizado no Palácio Rio Branco, na noite de sexta-feira e no sábado, quando acontecerá o sepultamento no cemitério São João Batista, no jazigo da família Melo, onde está sepultado seu avô paterno, Flávio Baptista.

A deputada federal Socorro Nere (PP), que militou por mais de 20 anos no MDB, escreveu em suas redes sociais: “Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento de meu amigo de longa data, Flaviano Melo, a quem sempre dediquei grande carinho, respeito e admiração”.

Socorro Nere diz que Flaviano foi uma das personalidades mais marcantes da política acreana, deixando um legado notável em sua trajetória como governador do Acre, prefeito de Rio Branco, deputado federal e presidente do MDB no Acre. “Tive a honra de reencontrá-lo recentemente, a convite dele, em uma visita à sede do MDB, onde compartilhamos uma conversa enriquecedora sobre política, tema que ele tanto amava e dominava com maestria”.

“Neste momento de dor, manifesto minhas mais sinceras condolências à sua esposa, Luciana Videl, aos filhos Marcelo e Leonardo, e aos demais familiares e a todos os amigos que, como eu, sentirão profundamente sua ausência. Que suas memórias e contribuições sigam nos inspirando”.

A exemplo de outros políticos, com ou sem mandato, a vereadora e presidente da Câmara de Rio Branco, Gisélia Nascimento, também externou suas condolências aos familiares de Flaviano Melo, seu amigo e correligionários por mais de 30 anos. Ela diz que Flaviano foi um exemplo de bom gestor e parlamentar e um nome que sempre engrandeceu o MDB.

Ao Tribuna Livre, na TV Rio Branco-Rede Cultura, foi sua última entrevista a um programa de TV, no início da campanha eleitoral desse ano. Ele confessou que se sentia cansado e não mais pretendia disputar cargos eletivos. Foram 40 anos de mandato. Na polícia, Flaviano só não foi eleito vereador e deputado estadual, mas também nunca foi candidato a esses dois cargos. Após a entrevista, em off, ele afirmou que iria morrer no MDB.

Além do respeito aos adversários e dedicação aos seus correligionários, Flaviano deixa um grande legado que jamais será apagado. Seja no relacionamento com os jornalistas e os meios de comunicação, com as instituições públicas e privadas e, claro, suas inúmeras e importantes obras executadas como engenheiro civil,  prefeito por dois mandatos e, sobretudo, como governador, notadamente nos projetos de habitação popular, Ele também escreveu nome de forma positiva no Senado e na Câmara Federal.

Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes do seu governo por golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de Direito. Mais 36 pessoas foram indiciadas no relatório sobre o caso. Entre os indiciados estação Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022 e o presidente nacional do PL, Waldemar Neto. A oposição vê delírio no relatório da PF.