Atualizada em 06/03/2025 09:58
O PSDB não elegeu um único dos 55 vereadores para representá-lo na Câmara Municipal de São Paulo
A nossa democracia caminha muitíssimo mal, e a provar, basta que avaliemos o que está acontecendo com os nossos partidos políticos. Lamentavelmente, isto só veio acontecer porque no nosso país, os nossos partidos políticos têm se prestado, sobremaneira, para abrigar as candidaturas daqueles que buscam participar do nosso já exagerado e bastante anarquizado sistema político, partidário e eleitoral.
O desapreço aos nossos partidos tem sido de tal ordem, ou seja, de tamanha desordem, que seus maus exemplos vêem se sucedendo e com bastante freqüência. Neste particular, os Estados de São Paulo, e o nosso Acre, bem que se prestaria para dimensionar a pouca, ou nenhuma das importâncias dos nossos partidos políticos.
Há menos de 10 anos, o PSDB do Estado de São Paulo comemorava a eleição do seu 5º governador e em sucessivas eleições, entretanto, na mais recente disputa eleitoral, sequer conseguiu eleger um único, entre os 55 vereadores para compor a câmara municipal daquela que é a maior e a mais importante cidade do nosso país.
No nosso Acre, praticamente, deu-se o mesmo. No decorrer de 20 anos o PT conseguiu eleger cinco dos nossos governadores, também na seqüência. Como se isto não bastasse, em quatro sucessivas eleições, elegeu o prefeito da nossa capital, enquanto isto, na mais recente disputa eleitoral só conseguiu eleger um único vereador para nossa câmara de vereadores.
Os dois exemplos acima bem que se prestaria para comprovar as curtíssimas vidas dos nossos partidos políticos, e ao mesmo tempo, para identificar a natureza da maternidade de onde provieram, até porque, houve um tempo em que, no nosso país, era bem mais fácil se criar um novo partido político do que se criar uma micro empresa.
Quando o então candidato Fernando Collor de Melo, em 1.989, se elegeu presidente da nossa Republica, filiado ao nanico PRN, derrotando Ulisses Guimarães, do PMDB, Mário Covas, do PSDB, Leonel Brizola, do PDT e Paulo Maluf, do hoje PP, tidas e havidas, à época, como as nossas maiores lideranças políticas, só nos restaria uma coisa: lançar a nossa legislação político, partidária e eleitoral na lixeira da nossa história.
Como não, em 2018, filiado ao PSL, um dos nossos “partidecos de aluguel”, Jair Bolsonaro conseguiu chegar à presidência da nossa República. E por quê? Porque, quem não aprende com a história, costuma repetir os mesmos erros. Recentemente, por pouco, filiado ao PRTB, Pablo Marçal não se tornou prefeito da cidade de São Paulo. Aos navegantes do nosso oceano político: mesmo derrotado, o dito cujo, Pablo Marçal, plantou as sementes e certamente as regaram, enquanto espera a chegada das eleições de 2026.