Publicado em 08/08/2025
Em uma ação conjunta para fortalecer a vigilância sanitária e garantir a manutenção do status sanitário conquistado, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) e a Agência de Defesa Sanitária Agropastoril de Rondônia (Idaron), responsáveis por conduzir as ações de defesa sanitária em seus respectivos estados, assinaram, na tarde desta quinta-feira, 7, no auditório do Idaf, em Rio Branco, um termo de cooperação técnica com a presença do coordenador-geral de Planejamento em Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.
O objetivo é instituir um plano de contingência integrado para a proteção da zona livre de febre aftosa sem vacinação, recentemente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).
O acordo prevê a adoção de estratégias conjuntas de monitoramento, fiscalização e resposta rápida a possíveis focos da doença nos territórios que compõem a tríplice fronteira entre os estados. Essa sintonia de entendimento e cooperação torna-se fundamental para o fortalecimento da região e para a manutenção do status sanitário como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A iniciativa reforça o compromisso das agências estaduais com as diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), coordenado pelo Mapa, que tem como objetivo garantir a erradicação definitiva da doença em todo o território nacional.
O Acre recebeu o selo de reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação em 27 de maio de 2021, concedido pela Omsa. Desde então, o estado tem mantido ações contínuas de vigilância e educação sanitária em todo o seu território.
“Esse resultado expressivo é reflexo do trabalho do governo do Acre, do corpo técnico do Idaf, especialmente das ações realizadas em campo, que atuam de forma incansável para garantir a sanidade dos rebanhos e a segurança da produção agropecuária local. Esse é o caminho certo, e seguiremos trabalhando com responsabilidade, transparência e união para garantir que a agropecuária acreana continue crescendo de forma sustentável, segura e reconhecida mundialmente”, ressaltou presidente do Idaf, José Francisco Thum.
Durante a assinatura, o superintendente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, enfatizou a importância do trabalho coletivo e dos investimentos necessários para a manutenção da zona livre de febre aftosa sem vacinação: “Um instituto bem-estruturado representa uma base sólida de apoio ao produtor rural, fortalecendo toda a cadeia produtiva e garantindo maior segurança sanitária no campo, especialmente diante do crescimento que o agronegócio vem registrando em nosso estado”, destacou.
Segundo o presidente da Idaron, Júlio César Peres, a cooperação entre os estados é fundamental para a manutenção do reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação na Região Norte. “Tivemos o desafio de manter o status sanitário como zona livre de febre aftosa no Bloco 1 e, com a entrada do Amazonas, o Norte continua em evidência. Seguimos com nosso trabalho de vigilância e detecção em todos os estados. Precisamos continuar com a troca de informações e o intercâmbio técnico, ou seja, com ações conjuntas e esforços integrados para bem representar nossa região”, observou.
A assinatura do termo se dá em um momento estratégico, após o reconhecimento internacional do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Omsa em maio deste ano. O título abrirá novos mercados internacionais para a carne brasileira, uma vez que alguns países exigem esse status sanitário para importar o produto, segundo associações do setor.

Além de ampliar a credibilidade do país no mercado internacional de carnes, o novo status impõe a necessidade de um sistema de vigilância mais robusto e integrado entre os estados, especialmente nas regiões de fronteira, onde o risco de reintrodução do vírus é mais elevado.
“O Estado do Amazonas recebeu, no dia 29 de julho, o documento que chancela o status sanitário internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Isso representa um grande avanço. A assinatura desse termo nos traz mais segurança para os nossos rebanhos e reforça a necessidade de manter a vigilância ativa para evitar a entrada do vírus em nosso país. Além disso, é uma forma de demonstrar a outros países que estamos comprometidos com as orientações do Mapa, em parceria com as agências de defesa agropecuária”, afirmou o presidente da Adaf, José Augusto Omena.
Ao mencionar o termo de cooperação, Geraldo Marcos de Moraes destacou que o reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação também pode representar redução de custos tanto para os produtores rurais quanto para os estados.
“Acompanhamos de perto todo o esforço dos estados, e nossa missão é garantir a certificação. A Região Norte é extremamente estratégica para o país. O Idaf e o Mapa vêm trabalhando juntos desde 2021 e, com o reconhecimento nacional em 2025 para outros estados, surgiu a necessidade de ampliar e reformular a configuração geográfica desse bloco. Estamos assumindo a responsabilidade de proteger um patrimônio sanitário que beneficia milhares de produtores e impulsiona a economia da nossa região”, afirmou.

Com a assinatura do termo, o Idaf, a Idaron e a Adaf se comprometem a manter ações coordenadas e a seguir protocolos unificados de prevenção, controle e comunicação em situações de emergência sanitária. O documento também prevê a realização de reuniões periódicas para avaliação dos resultados e revisão do plano de contingência, conforme a evolução do cenário sanitário.