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Estado do Acre é destaque no Campeonato Brasileiro Intermediário de Bocha Paralímpica

Atualizada em 20/12/2024 16:11

O significado do termo “superação”, que no dicionário faz referência à resiliência e à evolução humana, amplia-se diante de trajetos de vida como o de Rita de Cássia Andrade, natural de Tarauacá, que entrou para a história com a conquista da medalha de prata no Campeonato Brasileiro Intermediário de Bocha Paralímpica. A competição, que é praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, foi realizada no início deste mês em São Paulo (SP).

“Todas as vezes que não dava e chegávamos muito perto da conquista era frustrante. Mas isso servia como estímulo para continuar a preparação, com o foco de galgar o que Deus tinha nos reservado no futuro”, relata a atleta.

No contexto de vida de “Ritinha”, como carinhosamente a desportista é chamada entre familiares e amigos, superar-se é um ato de ressignificação da vida, em que as limitações do próprio corpo se transformam em combustível para usufruir dos dias realizando o que mais gosta: movimentar-se. “O esporte transformou a minha vida”, avalia.

A medalha inédita veio na categoria BC1 feminina. “Desde de quando comecei competir na bocha, chegar ao pódio de um campeonato brasileiro sempre foi um sonho que parecia muito distante. Lá [nas competições nacionais] os atletas são incrivelmente bons. São, portanto, os melhores do Brasil, de verdade. Sempre foi muito difícil chegar e permanecer no topo”, destaca Ritinha.

Levar a bandeira acreana ao pódio do esporte paralímpico brasileiro é um feito de valor imensurável à cruzeirense. “Eu sou mesmo vice-campeã do Campeonato Brasileiro Intermediário? Ainda não consigo acreditar, pois sinto uma sensação inexplicável, sobretudo quando se leva em consideração o fato de que o Acre é muito subestimado no Brasil. Então, ter chegado a esse pódio, levando a nossa bandeira, é uma forma de mostrar que o nosso estado também tem potencial de alcançar o topo”, afirma.

Com apoio, sonhos se transformam em realidade

As tentativas se iniciaram em 2017, ano em que Ritinha garantiu, pela primeira vez, vaga no competição nacional. De lá para cá, foram inúmeras as buscas pelo o pódio. Um sonho que se concretizou com muita dedicação e apoios fundamentais, entre eles, do governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária de Esportes e Lazer.

“O apoio do Estado foi essencial, pois nos disponibilizou equipes muito sensíveis a nos auxiliar em tudo que precisávamos. A gente só tem a agradecer e dizer ao governador Gladson Cameli que um pedacinho dessa medalha também é dele”, profere a técnica Uany Mendes.

O governante acreano celebrou a conquista e reafirmou o compromisso de sua gestão com o desenvolvimento do esporte. “É uma honra saber que temos atletas de grande potencial no nosso estado e que nos orgulham, colocando a bandeira do Acre num lugar de destaque. Isso nos motivo ainda mais para seguir investindo no esporte, que é um caminho para a realização de projetos de vida e uma ferramenta que nos ajuda no processo de desenvolvimento da nossa sociedade. Todos os acreanos estão felizes com a sua conquista, Ritinha”, parabenizou Gladson Cameli.

A Prefeitura de Cruzeiro do Sul, além dos patrocínios da Labsul Diagnósticos, do Chico Gatão, da Lounder, da Fisio Mais e da Associação Paradesportiva Acreana (APA) completam as parcerias da atleta.

A competição

A competição é realizada no país desde 2021, com o objetivo de premiar, além dos primeiros colocados, os atletas que ficam nas posições intermediárias, ou seja, os competidores que ficam entre a quarta e sétima posição, com acesso ao programa Bolsa Atleta do governo federal na categoria nacional.

[Agência de Notícias de Acre]

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