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domingo, 20 de abril de 2025
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Engoliu a seco

Atualizada em 09/10/2024 10:28

 O ex-presidente Jair Blsonaro nunca quis que o PL, seu  atual partido, apoiasse a reeleição de Ricardo Nunes.

         Volto a repetir: em todos os aspectos, a cidade de São Paulo bem como o seu correspondente Estado, são fundamentalmente importantes  para todo o nosso país, e não apenas para si mesmos.

            Economicamente, demograficamente e socialmente, o poderosíssimo Estado de São Paulo, se comparado com mais de uma centena de países espalhados mundo afora, nada ficaria devendo a nenhum deles. Portanto, nada justifica o que aconteceu no curso da presente disputa eleitoral, até porque, por um triz, um pilantra tipo “Pablo Marçal”, não se encontra disputando, em 2º turno, a disputa pela prefeitura de sua capital.

           Mesmo assim, o candidato do fundo do seu coração, latinamente falando-se, “in pectore” do ex-presidente Jair Bolsonaro à prefeitura de São Paulo era outro Ricardo, o Salles, do PL, seu ex-ministro e atualmente deputado federal, e não o Nunes, do MDB, seu atual prefeito.

        Ainda carente de explicações, a não candidatura de Ricardo Salles, um blosonarista de quatro costados e a prevalência da candidatura Ricardo Nunes se deveu a uma decisão solitária do presidente Nacional do PL, Waldemar Costa Neto, portanto uma derrota do próprio Jair Bolsonaro.

        Na ausência da candidatura Ricardo Salles e resistente a candidatura do Ricardo Nunes, o ex-presidente Jair Bolsonaaro passou a flertar com a candidatura do coach, Pablo Marçal, numa inequívoca demonstração que Ricardo Nunes não era o candidato do seu coração, nem dos seus sonhos.

        Diria até, não fosse o apoiou aberto e franco do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a candidatura Ricardo Nunes estaria correndo o sério risco de ficar fora do 2º turno, já que a referida disputa poderia ocorrer entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal. Ainda, uma hipótese não descartada.

         O pouco interesse do ex-presidente Jair Bolsonaro em favorecer a candidatura do Ricardo Nunes levou-o a se preocupar com outra candidatura, a do seu aliado que disputava a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, até porque, se é que existe o bolsonarismo e mesmo nasceu no referido Estado e nele levou uma lavagem de votos, conforme vem sendo anunciado, e em todas as pesquisas, o que de pior poderia acontecer para o próprio Jair Bolsonaro.

          Independente de quem viesse se eleger prefeito da cidade de São Paulo, nada justifica as correlações insistentemente feitas, tanto pelos bolsonaristas quanto pelos lulistas com vistas às eleições de 2026, até porque nenhum ex-prefeito de São Paulo e nenhum ex-governador do seu correspondente Estado conseguiram chegar à presidência de nossa República, exceto Jânio Quadro, na longínqua década de 1950.

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