Atualizada em 16/02/2025 16:57
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Em sua primeira viagem a Israel como secretário de Estado dos EUA, Marco
Rubio disse que o grupo extremista “Hamas deve ser eliminado”.
O que aconteceu
Hamas não pode seguir como força militar ou governamental, disse
Rubio. As declarações foram dadas hoje (16), em uma coletiva de imprensa
em Jerusalém, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Rubio é chefe do Departamento de Estados Unidos, equivalente ao ministro das
Relações Exteriores do país.
Netanyahu afirmou que ele e o presidente dos EUA “têm uma estratégia
em comum para o futuro de Gaza”. “Conversamos sobre a visão ousada de
[Donald] Trump para o futuro de Gaza e trabalharemos para garantir que essa
visão se torne realidade”, declarou o primeiro-ministro.
No início do mês, Trump sugeriu que os Estados Unidos assumissem o
controle de Gaza. O presidente dos EUA também propôs retirar os
palestinos da região e enviar para o Egito e a Jordânia.
Rubio disse que a proposta de Trump “pode ter chocado
muitos”. Segundo o chefe da diplomacia, “o que não pode é continuar o
mesmo ciclo que repetimos várias vezes e acabamos exatamente no mesmo
lugar”.
Desembarque de Rubio em Israel ocorre com a chegada de armamentos
enviados pelos EUA. Em janeiro, Trump anulou a suspensão determinada pelo
seu antecessor, Joe Biden, e liberou a entrega das bombas. O governo Biden
havia vetado o comércio bélico com Israel devido à preocupação com o impacto
na guerra do país contra o Hamas e os palestinos.
No início deste mês, Trump aprovou a venda de equipamentos militares
ao governo israelense. Ao todo, são US$ 7,4 bilhões em bombas, mísseis
etc.
O presidente [Trump] também tem sido muito ousado sobre sua visão de
como deve ser o futuro de Gaza, não as mesmas ideias cansadas do
passado, mas algo ousado e algo que, francamente, exigiu coragem e visão.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA
Crítica de Gaza
Salama Maroof, chefe de gabinete de Mídia de Gaza, disse que os EUA
deveriam enviar comida e água para Faixa de Gaza. “Os Estados Unidos da
América, a primeira democracia do mundo e pioneira dos direitos humanos,
como se descreve, apoia o exército de ocupação criminosa com 1.800 bombas
MK pesadas”, declarou.
Ataque ao Hamas
Ataque israelense mata três do Hamas. Um ataque aéreo israelense a leste
de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, matou três policiais do Hamas, segundo a
organização extremista. O governo de Israel afirma que o ataque ocorreu após
identificar que homens armados se aproximavam das tropas israelenses.
Hamas disse que o ataque é uma violação do cessar-fogo e cobrou a
comunidade internacional. Os policiais atuavam para garantir a entrada de
caminhões de ajuda em Gaza, segundo o grupo extremista. O Hamas afirmou
que os países devem pressionar Israel a cumprir o acordo, que passou a valer
em 19 de janeiro.
Já o exército israelense informou que atingiu “vários indivíduos
armados”. Os ataques ocorreram um dia após a sexta troca de reféns
israelenses e presos palestinos.
UOL