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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Artigos do Narciso

E tu, Tarcísio.

Os deputados estaduais do Estado de São Paulo estão boicotando o governador Tarcísio de Freitas?

Os boicotes que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vem enfrentando por parte dos integrantes de sua correspondente Assembleia Legislativa tem como causa determinante a demora nas liberações das emendas parlamentares que os próprios enfiaram, goela abaixo, nos seu próprio orçamento. Por que assim estão precedendo? Se os parlamentares federais assim procedem, por que nós não? Assim rebatem.

Nos três níveis: federal, estadual e municipal, este último nem tanto, ainda assim não tardará o dia para os vereadores dos nossos 5.560 municípios irão por seus pés nos buchos dos seus respectivos prefeitos, ameaçando-os nestes termos: ou estabeleça e incorpore as nossas emendas em seus orçamentos ou nós não aprovaremos nada dos seus interesses.

As emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos não iriam tardar, como de falta não tardaram, a se transformar no mais escandaloso e antidemocrático mercado eleitoral do mundo, e o mais grave, abastecido com os nossos recursos públicos, estes já bastante escassos para atender as urgentes necessidades na nossa educação, saúde e segurança pública, estas entre outras prioridades.

No plano federal, neste ano de 2015, mais de R$-50,00 bilhões já estão reservados pelos nossos senadores e deputados federais para fazer dessa montanha de recursos o que melhor lhes convier, afinal de contas, cada um deles deveria, no mínimo, ser responsável pelas aplicações de suas próprias emendas, já que correspondem a R$-50,00 milhões anualmente.

A disputa entre os nossos poderes, particularmente, entre o executivo e o legislativo, tem como causa e origem as demoras nas liberações das tais emendas parlamentares, dirá até, pouco ou nada tem a ver com os as propostas que o poder executivo envia para apreciação do seu correspondente parlamento, e vice versa.

Das duas, uma: enquanto as emendas continuarem, e com suas liberações obrigatórias, e a corrupção continuar existindo lá de cima, os corruptos cá de baixo, deputados estaduais e vereadores, não abrirão mãos de beneficiarem da roubalheira que as tais emendas propiciam.

Não é atribuição dos nossos parlamentares participarem das elaborações dos nossos orçamentos públicos, e sim, aprovar e fiscalizar as suas execuções. Daí a pergunta que não pode calar: quem fiscaliza as emendas parlamentares propostas pelos nossos próprios parlamentares?

Como potencial candidato à presidência de nossa República e com chances de se eleger, chances e não certezas, caso eleito, o que fará o então presidente Tarcísio de Freitas para enfrentar a fome dos nossos parlamentares se o prato preferido de todos eles são as tais emendas.

 

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