Atualizada em 18/05/2025 09:11
Imagem: Cedida *Com Informações do (Contilnet)
Depois de passar pela maior seca em 53 anos, em 2024, quando o Rio Acre alcançou a marca histórica de 1,23 metro em setembro, a capital do Acre, Rio Branco, está se preparando para mais um período de seca que se aproxima neste ano de 2025.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, as análises iniciais sugerem que a seca deste ano pode ser tão severa quanto ou até menos intensa que a anterior.
Apesar da previsão inicial, falcão alertou que os impactos da estiagem ainda serão significativos na capital acreana.
“Mesmo que a estiagem de 2025 seja igual ou menor que a de 2024, os efeitos serão graves, pois estamos lidando com um rio que já não retém mais água como antes”, afirmou Falcão em entrevista ao ContilNet.
Ele destacou que, apesar de um abril mais chuvoso, o Rio Acre apresenta um escoamento acentuado, e as chuvas registradas em maio foram escassas.
O tenente-coronel também alertou para as mudanças climáticas observadas na região, com manhãs frias e tardes extremamente quentes, características de um clima desértico.
“Esses indicativos nos mostram que, a partir de junho, teremos um decréscimo ainda maior no nível do rio e mais dificuldades relacionadas à seca”, ressaltou.
Em 2024, a seca afetou mais de 387 mil pessoas em Rio Branco, comprometendo o abastecimento de água e a qualidade do ar, que atingiu níveis considerados perigosos. O governo estadual decretou emergência ambiental em todos os 22 municípios do Acre e implementou medidas como o envio de caminhões-pipa para as áreas mais críticas e a intensificação da fiscalização contra queimadas e desmatamento ilegal.
Com a previsão de uma nova estiagem severa, a Defesa Civil de Rio Branco já está em alerta e planeja ações para mitigar os impactos.
“Estamos nos preparando para enfrentar mais um período crítico, com foco na proteção da população e na preservação dos recursos hídricos”, destacou Cláudio Falcão.