Atualizada em 04/04/2024 09:22
O deslumbramento, aliado aos seus interesses pessoais, sobretudo, os de natureza partidária, levou a duplinha, Sérgio Moro/Deltan Dallagnol, a desmoralizar a Operação Lava-Jato, uma investigação que a maioria dos brasileiros chegou a imaginar que se tratava de uma operação judicial visando combater a nossa endêmica corrupção. Lamentavelmente, a referida operação vê-se transformada nisto que está aí: numa organização inquestionavelmente corrupta e parcial, e o mais grave, conduzida por duas das nossas autoridades, presumidamente qualificadas, um juiz federal e um procurador do nosso ministério público federal.
A primeira evidência da parcialidade do então juiz Sérgio Moro se deu quando ele próprio abandonou a magistratura e se tornou ministro da Justiça do então presidente Jair Bolsonaro. Seguindo as suas pegadas, o seu comparsa, Deltan Dellagnol, também abandonou o Ministério Público Federal. Não por acaso, já que tudo fora devidamente planejado, a referida duplinha entrou na disputa eleitoral de 2022 e conseguiram se eleger.
Como a condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro impediu que o então ex-presidente Lula pudesse disputar à presidência da nossa República nas eleições de 2018, pois se candidato fosse teria sido eleito, eis a pergunta que não pode calar: neste caso, o então juiz Sérgio Moro teria abandonado a magistratura e adentrado no submundo da nossa política partidária? Certamente, não.
Com seu prestígio lá nas nuvens e empossado como titular do nosso ministério da justiça, para Sérgio Moro nada mais estava lhes faltando para que continuasse alimentando as suas ambições de se tornar presidente da nossa República nas eleições de 2022. Foi com este propósito que o partido ”Podemos’ o recebeu como filiado. Não apenas o recebeu como investiu uma baita grana na prmoção de sua candidatura.
Enquanto candidato a presidente, Sérgio Moro fez severas acusações ao próprio presidente Jair Bolsonaro, entre elas, a de que ele pretendia indicar um delegado de sua absoluta para a superintendência da polícia federal no Estado do Rio Janeiro, isto com o propósito de proteger seus filhos, atolados até seus gogós, em vários escândalos, em particular, no escândalo das rachadinhas.