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De pior a pior

Atualizada em 28/08/2024 09:45

    A expressão acima nos faz lembrar a cantiga da perua,  afinal de contas e politicamente, assim caminhamos.  

          Quando os EUA aprovaram a sua atual constituição, isto no dia 17 de setembro de 1787, portanto, a mais de 230 anos, nada que pudesse contrariar a liberdade dos seus colonos teria a menor chance de prosperar, afinal de contas, os choques de interesses entre a Inglaterra e as tais Treze Colônias foram se tornando cada vez mais freqüentes, notadamente, em razão dos sucessivos e insuportáveis aumentos de impostos. Resultado: a pretendida independência dos EUA, anunciada em 1776 foi reconhecida pela Inglaterra em 1.783. Por mais paradoxal que possa parecer, presentemente, os EUA e a Inglaterra despontam como os dois países mais aliados e alinhados do mundo.

       Quando da elaboração da constituição dos EUA, muito oportunamente, os seus constituintes originários prescreveram apenas sete artigos e nos seus 230 anos de existência apenas 27 emendas foram estabelecidas. Enquanto isto, a nossa atual constituição, a 8ª, desde a proclamação da nossa República, nos seus 132 anos de vigência, e em se levando em consideração o número de artigos, parágrafos, alíneas e incisos, além de constar com mais de 1.000 dispositivos já fora emendada 132 vezes, e não se fala em outra coisa, a não ser, em mais reformá-la ainda mais.

      Antes do acima descrito, Tácito, um dos mais notáveis políticos romano já havia nos legado a máxima “Corruptíssima república plurimae leges”, traduzindo: “quanto mais corrupto o Estado, maior o número de suas leis”. A propósito, no nosso oceano de leis, vamos encontrar e à espera de  regulamentações mais de 37.000 leis.

     Dada a proximidade das nossas eleições municipais, esqueçamos as nossas bizarrices, ainda que legisladas, e nos atenhamos a nossa legislação político, partidária e eleitoral, para que, sem maiores tardanças, podermos concluir, “como e por que”, um partideco tipo o PRTB e um candidato tipo Pablo Marçal, poderá se tornar o prefeito da nossa maior metrópole, no caso, da cidade de São Paulo.

      Eu que já vivia bastante preocupando com a polarização Lula/Bolsonaro, porquanto jamais cri e nem crerei na existência dos chamados heróis da pátria, o que devo dizer do referido, Pablo Marçal, quando o mesmo costuma dizer e repetir, que não tem e nem quer o apoio de nenhum dos dois: nem de Lula e nem de Bolsonaro?

     De mais a mais: se a Câmara Municipal de São Paulo é, ou deveria ser mais importante do nosso país e entre os seus 55 vereadores a serem eleitos, o partido do candidato Pablo Març  al não conseguirá eleger sequer meia dúzia deles, convenhamos: quanto mais corrupto é um país, maior é o número de suas leis.

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