Atualizada em 31/07/2024 09:18
O jornalista, de verdade, sempre busca a notícia e não fica esperando que a mesma o busque.
As empresas, os detentores de poder e todo e qualquer cidadão têm o direito de se prevenir, ou mais precisamente, de se contraporem as notícias falsas, particular, àquelas que lhes são dirigidas. Reporto-me ao que se denominou chamar de assessoria de imprensa. Mas quando isto acontece os seus profissionais não devem transformá-las em notícia, menos ainda em espetaculares reportagens, algo que verdadeiramente não tenha acontecido, até porque, já dizia o imortal Sófocles “nenhuma mentira chega a envelhecer com o tempo”. Em síntese: a mentira tem pernas curtas.
Lamentavelmente, no nosso ambiente político, e já em escala mundial, vamos encontrar um elevadíssimo volume de notícias falsas, as denominadas fake News, algumas delas tão meticulosamente elaboradas, que são capazes de assassinar, não apenas as reputações de pessoas honradas e inocentes que integram as nossas instituições, bem como as nossas próprias instituições, afinal de contas, enquanto não seja descoberta, uma mentira é capaz de produzir os seus múltiplos malefícios.
Em nome de um dos nossos mais sagrados direitos, isto em todas as sociedades verdadeiramente democráticas, o da liberdade de expressão, não deve ser um direito absoluto, posto que, liberdade sem responsabilidade tem outro nome: libertinagem. Cá entre nós, os libertinos que integram os dois pólos da nossa incômoda polarização política, no caso, os radicais do lulismos e os radicais do bolsonarismo, sequer percebem que está faltando muito pouco para os seus pretendidos heróis venham se transformar nos nossos mais indesejáveis homens públicos, afinal de contas. Condenado é o país que não tem outra escolha a fazer, a não ser, escolher entre um genocida e anti-democrático e um ladrão de nove dedos.
Para poder avaliar as irresponsabilidades que vêm sendo cometidas em nome da liberdade de opinião, a despeito do descrédito e do nojo que tenho dos blogueiros àqueles que se dedicam, em tempo integral e dedicação exclusiva em produzir Fake News, ainda assim, por vezes, os assisto, embora sempre e invariavelmente, acabar perguntando a mim mesmo: se o preço da liberdade é a eterna vigilância, como disse o estadista Thomas Jefferson, o 3º presidente dos EUA, por que os libertinos continuam, e agora bastantes ajudados pela internet: livres, leves e soltos?
O que haveremos de esperar das nossas instituições, e em particular, no nosso STF-Supremo Tribunal Federal, quando um determinado blog e seus participantes, irresponsavelmente, atrevem-se a citar os nomes dos seus próprios ministros, acusando-os de parciais, injustos e a serviços de interesses não republicanos? Se os libertinos empurrar a nossa atividade política para a mais completa podridão, que poupem o nosso STF.