Publicado em 20/12/2025
Foto: Reprodução
Uma noite que deveria ser de atendimento médico transformou-se em um cenário de violência e sangue no pátio do Pronto-Socorro de Rio Branco, na Avenida Nações Unidas. Na noite desta sexta-feira (19), uma discussão iniciada por protocolos hospitalares escalou para um confronto generalizado entre civis e a Polícia Militar, resultando em três homens baleados.
O Início do Conflito
De acordo com o relatório policial, o incidente começou quando um casal levou uma criança para atendimento na unidade. Já no ambulatório, uma discussão teve início após a equipe informar que apenas um acompanhante poderia permanecer na sala. Diante da resistência, o médico plantonista solicitou a retirada do homem.
Vigilantes do hospital conduziram o indivíduo até o pátio externo. No entanto, a situação se agravou com a chegada de familiares, que, insatisfeitos com a abordagem, iniciaram um tumulto generalizado na área externa da unidade de saúde.
Confronto e Disparos
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada para conter as ameaças. Ao chegarem, três policiais foram cercados pelo grupo. Segundo o registro da ocorrência, os militares foram alvo de agressões físicas:
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O comandante da viatura foi atingido por socos;
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Um soldado foi golpeado com um capacete na cabeça;
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Um terceiro policial sofreu agressões e houve uma tentativa de tomar sua arma de fogo.
Diante do risco iminente e da superioridade numérica dos agressores, um dos soldados reagiu e efetuou quatro disparos. Os tiros atingiram:
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Diego Araújo da Silva (35 anos)
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Leandro Araújo da Silva (32 anos)
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Raimundo Felipe da Silva Ghellere (25 anos)
As vítimas foram atingidas nas regiões do abdômen e das pernas.
Procedimentos e Investigação
Após os disparos, o reforço policial chegou rapidamente ao local, conseguindo conter os envolvidos e prender uma mulher. Os feridos foram prontamente socorridos por funcionários do próprio hospital, que saíram das salas de atendimento para conduzi-los à Sala de Trauma.
A área foi isolada para o trabalho da perícia. Agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil deram início às oitivas no local. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável por apurar as circunstâncias da ação e as responsabilidades criminais dos envolvidos.

