O nível do Rio Acre em Rio Branco chegou a 1,55 metro ao final de julho, a menor média já registrada para o mês, segundo a Defesa Civil Municipal. A marca atual está a apenas 32 centímetros da pior cota histórica da capital, de 1,23 metro, registrada em setembro de 2024.
A sequência de dias sem chuva significativa tem agravado a estiagem. De acordo com os dados mais recentes, o último volume expressivo de chuva, acima de 30 milímetros, ocorreu há 94 dias, em 28 de abril. Desde então, apenas dois registros um pouco mais relevantes foram anotados: 23,8 mm em 1º de maio e 26 mm em 27 de maio — valores ainda abaixo do necessário para conter a seca.
A Defesa Civil segue monitorando o quadro com atenção redobrada, diante da possibilidade de o rio bater um novo recorde de baixa em menos de um ano.
O contraste com o cenário vivido em março é notável. Na época, o manancial alcançou 15,88 metros durante as enchentes que deixaram mais de 30 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas em Rio Branco. Agora, com o solo seco e pouca capacidade de absorção de água, especialistas temem que a situação se agrave ainda mais nas próximas semanas, caso não haja chuvas intensas.

