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Chega de golpes

Atualizada em 20/09/2024 10:17

Desde o ano de 1789 que de quatro em quatro anos, invariavelmente, os EUA elege seu presidente.

            Exceto à tentativa de golpe de Estado perpetrado pelo ex-presidente Donald Trump, ao ser derrotado quando buscava a sua reeleição, que não se tem notícia, em toda a história política dos EUA, de nenhuma grave ameaça a sua democracia. Ainda bem que a referida tentativa golpista não prosperou, mas muito lamentavelmente, quando era de se esperar que o dito cujo fosse lançado na lixeira da história do seu país, tido e havido, como o mais democrático do mundo, eis que o próprio Donald Trump ressurge como provável vencedor nas eleições presidenciais que ocorrerão este ano.

        Será que a invasão do Capitólio, a sede do poder legislativo dos EUA já foi esquecida ou relativizada pelos eleitores dos EUA em razão das imperfeições da sua própria democracia, isto sob a alegação da não existência de um regime perfeito?

     Guardadas as devidas proporções, o que aconteceu nos EUA, no dia 6 de janeiro de 2021, a invasão do Capitólio, tinha como propósito impedir a declaração e a conseqüente posse do presidente eleito, Joe Biden.

     O mesmo veio aconteceu no nosso país no dia 8 de janeiro de 2023. Após as suas inúmeras tentativas golpistas, quando ainda se encontrava no poder, mesmo já fora dele, o hoje ex-presidente Jair Bolsonaro, ausente do nosso país, tanto sabia quanto avalizou as invasões das sedes dos nossos poderes.

     Quando disse que a democracia era o pior dos regimes com exceção de todos os demais, o imortal Winston Churchill, assim se posicionou em razão das imperfeições existentes no próprio regime democrático. Vejamos: a democracia que havia levado George Washington, Tomas Jefferson, Abraham Lincoln, F. D. Rooselvelt, entre outros, a presidência dos EUA foi a mesma que possibilitou que Donald Trump também chegasse ao poder. Cá entre nós, o mesmo aconteceu com Jair Bolsonaro.

     Num país, em que os sustentáculos das suas democracias dependem dos seus circunstanciais líderes e não dos seus partidos políticos, tudo pode acontecer, inclusive o que ora acontece na Venezuela. Ao me reportar aos nossos partidos políticos, refiro-me as suas qualidades, não a quantidade.

      Como a nossa democracia encontra-se representada por mais de 20 partidos distintos, desde a nossa chamada redemocratização que restou estabelecido e continuamente fortalecido, o chamado toma-lá-dá cá, justamente a moeda de troca que passou a intermediar as mais espúrias e ante-republicanas negociatas entre os nossos poderes: o executivo e o legislativo. O elevadíssimo e inaceitável volume das tais emendas parlamentares ao nosso orçamento federal resultou da não correção das nossas imperfeições democráticas, já que estamos a tratar de um instrumento que só tem prejudicado a nossa agredida democracia.

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