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Chega de bagunça

Atualizada em 22/08/2024 09:56

  Em 85 municípios do nosso país, nas eleições deste ano, o PT de Lula e o PL de Bolsonaro estão juntos e casadinhos.

           Bastaria este exemplo para revelar o nível de menosprezo, diria até, de deboche, que o nosso sistema político/partidário nos tem propiciado. Para aqueles que, com bons propósitos, já participaram ou pretendem participar da nossa atividade política por acreditarem no programa de um determinado partido político, por certo, vêem-se enojados, afinal de contas, alianças entre lulistas e bolsonaristas jamais produzirá bons resultados.

          Eu, particularmente, por não concordar com tais aberrações me afastei, em definitivo, do nosso ambiente político-partidário, posto que, nada mais prejudicial para a nossa democracia que a baixíssima qualidade e a exagerada quantidade dos nossos partidos. Diria até: já há bastante tempo a nossa atual e vigente legislação político-partidária deveria ter sido lançada na lixeira da nossa história.

            O que seria do PT sem Lula, do PL sem Bolsonaro e do PRTB, presidido nacionalmente por Levy Fidelis, se o referido partido sequer conseguiu eleger nenhum dos seus candidatos, nem o próprio, Levy Fidelis, em suas 14 frustrantes candidaturas. Daí a pergunta que se impõe: por que Pablo Marçal escolheu justamente o PRTB para abrigar a sua candidatura a prefeito da cidade de São Paulo?  Responda quem souber!

            No meu entender e certamente no entendimento da grande maioria dos eleitores paulistanos, a candidatura Pablo Marçal, enquanto perspectiva de poder, sequer representa numa ameaça, até porque, suas chances de sucesso inexistem. A provar, os resultados das suas urnas.

             A despeito da sua abundante freqüência nas nossas redes sociais, a sua candidatura, enquanto exemplo, tem se prestado para que possamos avaliar o quanto se faz necessário e urgente a reforma da nossa atual legislação político-partidária. Reforma é pouco, já que da nossa atual e vigente legislação muito pouco seria aproveitável.

              Quando figuras emblemáticas do nosso mundo político, entre elas e a se destacar, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, já foram filiados a nove partidos políticos distintos, de todos eles, só poderemos chegar a uma única conclusão, qual seja: suas legendas apenas se prestaram para abrigar as suas abundantes candidaturas.

             Nas democracias que realmente se prezam os seus partidos políticos são as escolas, nas quais, se extraem o aprendizado político. Mas cá, entre nós, no curso de um mandato de quatro anos, não raro, vamos encontrar àqueles que ao se elegeram graças à legenda de um determinado partido e dele se ausenta, levando consigo o próprio mandato, nada pior.

          Candidaturas do tipo a de Pablo Marçal é fruto da nossa anárquica legislação e enquanto a mesma se mantiver: “haja estômagos!”.

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