O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), anunciou na tarde desta sexta-feira, 26 de setembro, que entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão ocorre após o União Brasil, partido ao qual Sabino é filiado, aprovar uma resolução exigindo que seus membros deixem imediatamente os cargos ocupados na gestão federal.
A saída do partido da base governista estava inicialmente prevista para o fim do mês, mas foi antecipada devido à crescente pressão interna. A medida ganhou força após a divulgação de reportagens que associaram o nome do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, a possíveis ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A legenda, em nota oficial, sugeriu que houve uso político da máquina estatal com o objetivo de prejudicar sua principal liderança.
Em pronunciamento, Sabino confirmou que se reuniu com o presidente Lula para comunicar sua saída. Segundo ele, a decisão foi tomada por respeito à orientação partidária. “Conversei hoje com o presidente da República. Em virtude da determinação do meu partido, vim cumprir esse papel e entreguei meu pedido de desligamento do Ministério do Turismo”, afirmou.
Apesar da saída, Sabino permanecerá temporariamente no cargo. A pedido do presidente, ele acompanhará Lula em um evento marcado para a próxima quinta-feira, em Belém (PA), que marcará a entrega de obras voltadas para a COP-30.
Durante sua declaração, o ministro demonstrou insatisfação com a decisão da legenda. Ele disse que gostaria de continuar à frente da pasta. “Minha vontade é seguir com o trabalho que estamos desenvolvendo. Hoje, o presidente abriu a possibilidade de ampliar o diálogo com o União Brasil para avaliarmos os próximos passos”, concluiu.

