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sábado, 19 de abril de 2025
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Política

Câmara Municipal debate sobre os desafios na promoção da saúde renal

Atualizada em 19/03/2024 11:41

Atendendo ao requerimento da vereadora Lene Petecão, a Câmara Municipal de Rio Branco realizou na segunda-feira, 18, uma audiência pública para discutir os meios de prevenção das doenças renais crônicas e os desafios na promoção da saúde renal e social para os pacientes nefropatas de Rio Branco. Durante a audiência, a vereadora destacou sobre a importância ampliar o debate em torno do assunto.

“Quero agradecer a presença da saúde municipal que tem uma importância muito grande com esse olhar que relata nessa nossa tribuna popular que tem pessoas que sofrem dos rins, porque é uma doença silenciosa, e que estão a mais de 1 ano esperando uma consulta porque nós temos poucos profissionais de nefrologia.”

Vanderli Ferreira da Silva, da Associação dos Pacientes Renais Crônicos Transplantados do Estado do Acre, destacou a necessidade de uma política mais efetiva de prevenção. “Eu vejo que a gente precisa de uma política mais efetiva para evitar que esse número de pacientes aumente. Hoje existe 157 mil pacientes em hemodiálise e sem contar aqueles que estão ainda esperando uma consulta com um nefrologista, então são milhares de pessoas que às vezes não consegue.”

E ressaltou a importância de campanhas durante todo o ano para evitar o aumento do número de pacientes em hemodiálise. “A gente tem uma boa conversa com a Secretaria Municipal de Saúde, mas precisamos expandir as campanhas de prevenção, não só em março, no ano todo, porque se a gente não fizer isso vai chegar o momento que, já aconteceu de não ter vaga nas hemodiálises, hoje graças a deus a gente está bem de vaga.”

Ele também apontou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, como a falta de medicamentos em alguns municípios do interior e a algumas falhas de acompanhamento do poder público para dar assistência social a esses pacientes, como a falta de cadastramentos.

“Peço aqui que a gente traga algumas leis que venham beneficiar essas pessoas que sofrem na periferia, pacientes que sofrem na periferia, vocês que são assistente sociais sabem disso, e principalmente as pessoas também da zona rural, que são as pessoas que mais sofrem para chegar no tratamento e o município hoje de Rio Branco não dá nenhuma assistência essa é a verdade.”

E acrescentou: “nunca tive um acompanhamento da área de saúde para perguntar como que eu estava e da assistência social, que deveria ter uma cadastro dessas pessoas para fazer um acompanhamento, e existe cidade que tem isso de, fazer acompanhamento das pessoas, cadastros, fazer o mapeamento e não existe isso em Rio Branco, infelizmente no Acre não existe esses cadastramentos, é o que a gente pede aqui, espero que dessa audiência pública a gente busque lei, políticas públicas que venham melhorar a vida do paciente renal e também o acompanhamento daquelas pessoas que tenham algum problema de doença renal e não consegue atendimento.”

A assistente social da NEFRO, Charlaine Lira, também fez uso da tribuna e destacou a importância do exame de creatinina para o diagnóstico de doenças renais e comentou sobre a necessidade de informação para que a população saiba de sua acessibilidade no sus para conseguir realizar mais cedo o tratamento da doença.

“O ideal que a gente busca hoje, é que esse paciente que tenha doença renal é que ele tenha essa informação que ele seja diagnosticado antes da doença chegar no estágio cinco antes dele ter que chegar e descobrir essa notícia já numa máquina de hemodiálise passando um cateter no pescoço.”

Ao final da audiência, a vereadora Lene Petecão destacou a importância de buscar soluções e políticas públicas que melhorem a vida dessas pessoas, e o convidado Vanderli, destacou que também precisam ser abraçados pelas autoridades responsáveis.

“Parece que é uma doença comum para as autoridades mas não é, quando a gente chega numa máquina de hemodiálise a nossa vida muda por completo, nenhuma empresa quer contratar a gente pra trabalhar, tanto faz o transplantado quanto o que faz hemodiálise, não existe políticas públicas para abraçar essas pessoas que deveria existir, nós que também somos minorias, não temos este olhar das nossas autoridades.”

 

[Câmara de Rio Branco]

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