Os cafés produzidos no Acre ganharam destaque no Pavilhão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) durante a COP30, em Belém. Uma cafeteria montada especialmente para o evento vem atraindo visitantes interessados em degustar grãos da região do Juruá, majoritariamente da variedade Conilon (Robusta), beneficiados com apoio da Agência e resultado de produção sustentável que já alcança mais de 2 mil famílias.
Além dos mais de 40 painéis temáticos promovidos pela ABDI, a cafeteria tem se tornado um dos pontos mais movimentados da programação. Os grãos são oriundos de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima e têm sido elogiados pela qualidade desde o primeiro dia da conferência. O Projeto Café Amazônia Sustentável é responsável pelo beneficiamento, promoção e apresentação do produto na COP30. Entre 9h e 18h, filas são constantes para provar a bebida acreana.
A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, ressaltou a importância de levar o café do Acre a um evento de repercussão mundial.
“O café do Acre, que estamos servindo em nosso pavilhão, é a prova de que é possível unir desenvolvimento industrial e preservação ambiental. O que mostramos ao mundo aqui em Belém é a nova política industrial em ação”, destacou.
Ela complementou afirmando que o produto simboliza o modelo de bioeconomia que o país busca consolidar.
“Mostramos que é possível ter uma Amazônia que gera renda para quem cuida da floresta, com tecnologia e produção sustentável. Nosso café é símbolo desse novo caminho”, afirmou.
O líder do projeto, Eduardo Tosta, explica que cerca de 600 cafés são servidos diariamente. Para ele, além do sabor, cada xícara carrega o empenho e a história dos agricultores familiares do Acre.
“Estamos trazendo cafés de renome, incluindo o eleito melhor café do Acre em 2024. É possível produzir com excelência e sustentabilidade, fortalecendo a agricultura familiar e protegendo a Amazônia”, disse.