Atualizada em 21/10/2024 11:26
Exatos 338 casos de violência política foram registrados no Brasil, contra lideranças políticas ou familiares, durante a campanha eleitoral de 2024. Os dados são do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio), analisando o período de julho a setembro. A modalidade mais comum no período de análise foi a viole cia física, com 179 registros.
Em casos mais extremos, foram registradas 55 tentativas de homicídio e 33 assassinatos, em 20 dos 26 estados, segundo os dados da Unirio. Os números comprovam que a campanha de 2024 foi a mais violenta da história. Nessa modalidade se inclui o que ocorreu na sexta-feira (18), com o prefeito de Taboão da Serra (SP), José Aprígio da Silva (Podemos).
Candidato à reeleição, Silva disputa o segundo turno com o candidato do União Brasil, Engenheiro Daniel, foi vítima de um ataque a tiros quando estava dentro de um carro. O estado dele é estável, mas o candidato continua internado. A Polícia Civil investiga o que motivou o ataque. Neste sábado (19), ela diz ter localizado dois veículos usados no atentado.
Um deles foi encontrado incendiado na cidade de Osasco. O outro veículo, um Fiat Siena, que foi usado na fuga dos criminosos, estava em uma residência também em Osasco. São Paulo lidera, estado mais populoso, lidera o ranking com 58 episódios de violência entre julho e setembro deste ano, seguido pelo Rio de Janeiro, com 47 casos.
A pesquisa mostra que 267 vítimas eram lideranças políticas locais que concorriam no pleito municipal. Destaca ainda que 25 partidos foram atingidos. O União Brasil lidera com 41 episódios, seguido pelo PT e pelo MDB, com 39 e 37 casos, respectivamente. Os dados colhidos pela Unirio foram registrados no 19° Boletim do Observatório da Violência Política e Eleitoral, considera episódios de violência cometidos contra políticos com e sem mandato, o que inclui vereadores, prefeitos, governadores, secretários, candidatos e ex-ocupantes de cargos públicos.
Não são contabilizados episódios de violência contra eleitores. No geral, desde 2019, o grupo já sistematizou 2.673 episódios em todo o país. Segundo os pesquisadores, a violência política durante a campanha eleitoral deste ano superou os números das eleições presidenciais de 2022, quando foram registrados 263 episódios. No pleito municipal de 2020, foram 235 casos. Vale lembrar que tivemos as duas cadeiradas atiradas pelo candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, jornalista José Luiz Datena no candidato do PRTB, empresário Pablo Marçal em pleno debate ao vivo, na Rede Cultura.
Três dias depois, membros da equipe de segurança de Pablo Marçal ao revidar agressão contra o candidato acabaram agredindo assessores do prefeito e São Paulo e candidato à reeleição pelo MDB, Ricardo Nunes. No Acre, em 2022, o deputado federal Alan Rick, que disputou o Senado e foi eleito pelo União Brasil sofreu ameaças de morte por membros de facção criminosa, em plena disputa eleitoral.
No fim da campanha em Rio branco, esse ano, um jornalista foi ameaçado de morte por membros de facção criminosa após publicar reportagem que comprometeu um dos candidatos. Quando todos acreditavam que a onda de ameaças havia passado, afinal, a eleição já acabou, seis que mais uma ameaça de morte desta feita contra o prefeito reeleito, Tião Bocalom é registrada, na terça-feira, 15.
O agravante é que alguns dos adversários que foram derrotados, nas urnas, pelo prefeito, que deveriam externar solidariedade, preferiam afirmar que as ameaças podem ser consequências de acordos não cumpridos.
Pediu pra sair
A enfermeira Ana Beatriz pediu exoneração do cargo de presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre). Ela estava no cargo desde abril deste ano, quando substituiu o agora vereador eleito João Paulo Silva (Podemos), que deixou a função para ser candidato. O decreto de exoneração foi publicado em dição extra do Diário Oficial, na noite de sexta-feira, 18, assinado pela governadora em exercício, Mailza Assis (PP).
Continua no governo
Ana Beatriz pediu pra sair da presidência da Fundhacre, mas continua no governo estadual. Na mesma edição do Diário Oficial de sexta-feira, ela foi nomeada como diretora-executiva do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). Apesar de ter passado apenas seis meses no comando da Fundhacre, Ana conseguiu fazer excelente trabalho. Por isso, sai de cabeça erguida.
Vai acumular
Pelo menos por enquanto, a presidência da Fundhacre será ocupada pelo secretário de Saúde, doutor Pedro Pascoal. Claro que será por pouco tempo, afinal, os problemas são muitos e complexos para apenas uma pessoa resolver. De cara, ele vai ter que resolver o problema dos pacientes que fazem hemodiálise. Na sexta-feira, eles fecharam a BR-364, em protesto ao fechamento do setor de nefrologia.
Chapa forte?
Vejo os coleguinhas, que trabalharam de forma incansável para ressuscitar a esquerda no Acre, afirmando que o PT terá chapa forte para governo, senado e deputado federal, em 2026. Ao que parece, a viaja que os caras fizeram ao interior do Amazonas fez eles perderam a capacidade de raciocinar e voltaram alucinados. O PT não conseguiu formar chapa para eleger vereador em Rio Branco. André Kamai foi eleito graças aos votos do PC do B e PV, que compuseram a federação da esquerda. Como o PT vai montar chapa forte em 2026.
Audiência pública
Câmara de Rio Branco realizou, na manhã desta sexta-feira, 18, audiência pública sobre o Projeto de Lei nº 14/2024, que propõe a proibição da presença de crianças e adolescentes em paradas LGBTQIA+, de autoria do vereador e líder do prefeito na Casa, vereador João Marcos Luz (PL). Também foi debatido o Projeto de Lei Complementar nº 23/2024, proposto pelo Executivo, que prevê a criação de um conselho municipal voltado à comunidade LGBTQIA+.
Sem base legal
O primeiro projeto, apresentado em 19 de junho, visa impedir a participação de menores de 18 anos nos eventos, estipulando multa de R$ 10 mil por hora para a organização e responsabilizando os pais, caso as regras sejam desrespeitadas. O procurador da República, Lucas Dias, sem apresentar nenhuma base legal, afirmou que o Projeto de Lei nº 14/2024 é inconstitucional.
Argumento fraco
“Segundo a Constituição de 88, a proposição de uma norma municipal que impeça crianças e adolescentes de participarem de paradas LGBTQIA+ é inconstitucional, tanto do ponto de vista formal, pois a Constituição não permite que câmaras municipais deliberem sobre isso, quanto do ponto de vista material, já que há respaldo jurídico que permite a participação de crianças em eventos públicos, como carnaval e festas de ano novo”, explicou Dias. Um argumento fraco, muito fraco.
Mesma linha
O promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), Thales Ferreira, respondeu ao vereador João Marcos Luz, afirmando que o projeto em questão é inconstitucional e mencionou que uma ação semelhante está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). “Com base na resolução 164, recomendei ao prefeito de Rio Branco a vedação jurídica ao projeto”, afirmou. O promotor segue a mesma linha de raciocínio do procurador federal.
A verdade
Secretário municipal de Esportes, ex-jogador de futebol, Artur de Oliveira, conhecido como ‘Rei Artur’, editou e publicou nota de esclarecimento na manhã desta sexta-feira, 18, para repor a verdade sobre notícia de que a mãe de sua filha de 12 anos, Jonnika do Nascimento, ter pedido sua prisão o acusando de atraso em complementação de pensão alimentícia.
Outro processo
Artur afirma que Jonnika nunca foi sua esposa e que não deve pensão alimentícia. “A discussão processual é, na verdade, sobre correção monetária de um valor que já foi pago. Ademais, em que ainda caberia recurso à instância superior”, diz. Ele cita outro processo na justiça em que afirma que a filha passou por “situação delicada” durante guarda da mãe.
Armação
“Contudo, o pano de fundo desta tentativa de denegrir a minha imagem, é a revolta por parte da genitora pelo fato de em outro processo em segredo de justiça, haver ficado escancarado que, na guarda da genitora, a menor sofreu situação delicada”. Claro que Artur paga o preço de ter sido jogador que brilhou em grandes clubes do Acre, do Brasil e da Europa e ser secretário municipal de Esportes.
Safadeza
Senador Alan Rick (União Brasil) usou as redes sociais nesta sexta-feira, 18, para comentar um vídeo que mostra uma palestrante travesti em um campus da Universidade do Maranhão (UFMA), em São Luís (MA). No evento promovido pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (GAEP) a cantora travesti Tertuliana Lustosa aparece em uma performance erótica com dança em cima de cadeira e exposição de partes íntimas. Safadeza explicita em uma universidade federal. Coisa típica da esquerda.