Blindagem aprovada: parlamentares votam para se proteger de investigações; confira como votou o seu deputado

A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira, a chamada PEC da Blindagem, que amplia o foro privilegiado para presidentes de partidos e torna mais difíceis as prisões e o início de ações penais contra deputados e senadores. O texto, que recebeu 353 votos favoráveis e 134 contrários, foi distribuído aos líderes partidários pela manhã e incluído rapidamente na pauta do plenário.

O que propõe a PEC da Blindagem?

A proposta estabelece que, mesmo em caso de prisão em flagrante, um parlamentar só poderá continuar preso se a respectiva Casa legislativa — Câmara ou Senado — autorizar. Caso os parlamentares decidam revogar a prisão, o processo fica suspenso enquanto durar o mandato, congelando a contagem da prescrição.

Quem apoiou a proposta?

A PEC contou com forte apoio dos partidos do Centrão, especialmente das siglas com representantes no governo federal: União Brasil, Republicanos, PP, PSD e MDB, que juntos somaram 201 votos a favor. Apesar do apoio expressivo, algumas divergências internas ocorreram. O Republicanos, por exemplo, foi praticamente unânime com apenas uma abstenção e o União Brasil registrou 50 votos a favor e apenas 4 contrários. Já o PSD teve um posicionamento mais dividido, com 25 votos favoráveis e 18 contrários.

Outro partido que apoiou integralmente a PEC foi o PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. Todos os deputados que votaram se posicionaram a favor apenas cinco estiveram ausentes.

No PT, apesar do posicionamento oficial do governo contra a proposta, 12 deputados votaram a favor da PEC, enquanto 51 seguiram a orientação da liderança e votaram contra.

Partidos totalmente contrários

A oposição mais sólida veio de legendas como Novo, PSOL, PCdoB e Rede, que votaram de forma unânime contra a proposta, sem nenhum voto divergente entre seus representantes.

Como votou cada partido: