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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Panorama Político

Audiência pública na Aleac discute efeitos climáticos e impactos no Rio Acre

Audiência pública para debater os efeitos climáticos e seus impactos no Rio Acre, foi realizada no início desta semana, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou, no início desta semana, o encontro foi fruto do requerimento apresentado pelo deputado Eduardo Ribeiro (PSD) e reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil no plenário do Poder Legislativo. O deputado destacou a importância do debate.

Segundo o parlamentar, a audiência visa reunir informações técnicas e ouvir propostas de diferentes setores para enfrentar os desafios que a escassez de água e as alterações climáticas vêm impondo à região. “Precisamos ficar atentos porque os desafios existem e precisamos de alternativas para contorna-los”, complementou.

Conhecido por sua luta em defesa do Rio Acre, o geógrafo e professor Claudemir Mesquita, apresentou na ocasião um panorama teórico e prático sobre a situação do Rio Acre. Ele iniciou sua exposição enfatizando que “decreto não produz água” e que as medidas oficiais não têm sido suficientes para preservar rios e nascentes.

Segundo ele, a ausência de mata ciliar ao longo de centenas de igarapés é um dos principais fatores que agravam as secas e cheias no Rio Acre. “Nunca culpam os homens que não preservam a mata ciliar. A mata ciliar é o instrumento ambiental que as cidades ribeirinhas necessitam para evitar secas, cheias e desastres”, ressaltou.

Claudemir apontou ainda que a falta de educação ambiental e a ocupação desordenada das margens dos rios contribuem para a degradação, citando a derrubada de matas para a criação de gado e a poluição dos cursos d’água. “Hoje, na calha dos maiores rios, correm o esgoto, a foligem, a areia e o barro, no lugar de água”, disseram, lamentando que, ao longo de 150 anos, os governos não tenham implantado uma gestão eficiente das bacias hidrográficas, mesmo diante dos alertas sobre as mudanças climáticas.

Mesquita também relembrou eventos marcantes, como a seca de 2005, quando o Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa), precisou instalar bombas auxiliares para garantir o abastecimento de Rio Branco, e as enchentes históricas registradas em 1997, 2007, 2012, 2015 e 2018.
Ele criticou a construção da BR Transoceânica sem a inclusão de um plano de educação ambiental, afirmando que a obra, embora importante para o transporte, “foi brutalmente criminosa para o Rio Acre”, por incentivar o desmatamento e aterrar nascentes que alimentavam o rio.

“Já passou da hora de arregaçar as mangas. Temos na mão o poder de legislar, sensibilizar e educar as comunidades para usar sustentavelmente os recursos naturais. Se nada for feito, vou acreditar que os poderes e os gestores vivem ao lado dos ricos, achando que não existem dias sombrios para os rios”, acrescentou.

O tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, destacou que a atuação do órgão deve se basear em cinco pilares: prevenção, preparação, mitigação, socorro e restabelecimento, mas lamentou que, no Brasil, a maioria das 5.700 Defesas Civis municipais atue apenas nas etapas finais, deixando de lado ações preventivas.

Disse ainda que a Defesa Civil da capital, criada por lei em 2012, ainda é recente, e que as secas e estiagens, além de afetarem 100% da população, geram prejuízos econômicos muito maiores que as inundações, embora estas últimas causem mais mortes.

Falcão reforçou ainda a necessidade de os gestores prepararem as cidades para enfrentar eventos climáticos extremos, aparelhando melhor não apenas a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, mas também as secretarias de Meio Ambiente do município e do Estado. “Precisamos estar preparados, e isso começa pelo fortalecimento dos órgãos responsáveis pela prevenção e resposta”, pontuou, parabenizando o professor Claudemir pela exposição e reconhecendo a importância do debate promovido pela Aleac.

Já o diretor de Meio Ambiente da Sema, Erisson Cameli Santiago, destacou que a preocupação do órgão não se limita apenas ao Rio Acre, mas a todas as bacias hidrográficas do estado. Ele lembrou que a secretaria enfrenta limitações de recursos e pessoal, mas tem buscado desenvolver ações importantes dentro da Divisão de Recursos Hídricos.

“Diversos igarapés que são contribuintes da bacia do Rio Acre foram destruídos, construíram barragens, foram desmatados e hoje não existem mais. E isso nós estamos vivendo na pele: a água não chega mais como chegava”, alertou. O gestor relatou a experiência dramática vivida em 2023 e 2024, quando o Igarapé-Encrenca, em Epitaciolândia, chegou a secar completamente, obrigando o Estado a realizar obras emergenciais para garantir o abastecimento de água.

O diretor também ressaltou que a Sema está atuando em comitês internacionais, envolvendo Brasil, Peru e Bolívia, para desenvolver ações conjuntas de conservação das nascentes e afluentes do Rio Acre, como o Igarapé-Bahia. Segundo Erisson, a prioridade é viabilizar estudos e captar recursos para reflorestar e restaurar áreas degradadas.

“Não sei se a gente vai conseguir salvar o Igarapé-Encrenca, mas a nossa parte a gente está fazendo”, disse. O gestor ainda informou que a secretaria está reformulando a equipe de educação ambiental e lançando a Comissão Estadual de Educação Ambiental, reunindo diferentes órgãos para unificar discursos e estratégias de preservação.

Ao fim da audiência, o deputado Eduardo Ribeiro elogiou a atuação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, representada por Erisson Cameli e Maria Antônia, e reforçou o compromisso de seu mandato em sensibilizar a Aleac e o Governo do Acre sobre a urgência de implementar o Plano Estadual de Recursos Hídricos.

Segundo ele, a medida já dispõe de mais de R$ 2 milhões captados, enquanto o custo estimado é de aproximadamente R$ 900 mil. O parlamentar também agradeceu ao professor Claudemir pelo trabalho apresentado e anunciou que a obra “Amazônia, o Pranto dos Rios” será distribuída em escolas, como forma de despertar nos estudantes a consciência sobre a preservação do Rio Acre e das águas do estado.

Bom trabalho
Wilson Leite e Carlinhos Oliveira continuam a faze excelente trabalho na Federação Acreana de Tênis.
Leite é secretário municipal de Finanças e acumula também a Secretaria Municipal de Planejamento. Carinhos é servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No entanto, os dois encontram tempo para fortalecer o tênis e o tênis de praia.

Sucessão
Leite era presidente da federação, mas ao assumir como membro do Conselho Fiscal da Federação Brasileira de Tênis, renunciou ao mandato e entregou o comando ao seu sucesso natural, Carlinhos Oliveira. Mesmo não sendo mais presente da federação, Leite continua a ajudar a entidade o tênis na nossa região. Os dois foram entrevistados nesta terça-feira, 12, no programa Diário do Esporte, ao vivo, na TV Rio Branco-Rede Cultura.

Aos advogados
Dia do Advogado, celebrado em 11 de agosto, surgiu em homenagem à criação dos dois primeiros cursos de Direito no Brasil, em 1827. As faculdades foram instaladas em São Paulo, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, e em Olinda, Pernambuco. Essa data marca o início da formação de profissionais jurídicos no país e o desenvolvimento do sistema legal brasileiro.

Tribuna Livre
Ao ser entrevistado no programa Tribuna Livre, na TV Rio Branco-Rede Cultura, na noite de segunda-feira, 11, o vice-prefeito de Rio Branco e secretário municipal de Educação, doutor Alysson Bestene, afirmou que os partidos que integram o bloco político liderado pelo governador Gladson Cameli vão chegar unidos na disputa eleitoral de 2026.Segundo ele, os políticos que representam a direita no Acre sabem de suas responsabilidades.

Acelera Ideb
Alysson Bestene também destacou o lançamento, nesta segunda-feira, 11, do projeto Avança Ideb, com o objetivo de aprimorar o desempenho dos alunos da rede municipal e elevar os índices de qualidade da educação básica no município. O evento aconteceu no auditório da Fieac, com a presença do prefeito Tião Bocalom, vereadores, professores, diretores escolares e outras autoridades.

Mente inovadora
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador nacional criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que combina dados de fluxo escolar e desempenho em avaliações como a Prova Saeb. Alysson destacou as ações prioritárias da gestão para a educação desde o início do mandato. Segundo ele, os investimentos passam desde a construção de novos espaços a programas como Mente Inovadora, de Israel.

Pelas crianças
O vice-prefeito lembrou que, desde quando o prefeito Tião Bocalom assumiu cargo, uma de suas preocupações foi, primeiro de tudo, colocar as nossas crianças de 0 a 2 anos nas creches. Outro ponto importante, segundo Alysson, foi investir pesado nas séries iniciais que são de responsabilidade da prefeitura de Rio Branco.

Reconhecimento
“O prefeito Tião Bocalom concedeu maior aumento salarial ao da história aos servidores municipais, em seguida adquiriu o Programa Mente Inovadora, o programa israelense, em torno de 120 municípios no Brasil apenas fizeram isso e ganhamos o prêmio, secretário, ganhamos o prêmio de primeiro lugar em satisfação para o programa no Brasil”, afirmou Alysson.

Inclusão digital
“Colocamos internet em todas as nossas escolas, demos o tablets para as crianças, notebook para os professores e, depois, agora, esse último avanço que a gente acabou de fazer um investimento grande, que é na área de robótica. Os mesmos robozinhos que hoje as crianças da Alemanha estão trabalhando na sala de aula, as nossas crianças de Rio Branco também estão trabalhando aqui”, afirmou.

Robótica
Alysson Bestene lembrou que são poucas cidades brasileiras que adquiriram esse programa de robótica da Alemanha. Então, eu estou muito feliz com o que o nosso secretário está fazendo todos os dias. Ele está se dedicando e a gente está fazendo todo investimento necessário para melhorar a qualidade de ensino aqui da nossa cidade.

Metas ousadas
Os excelentes resultados obtidos na Educação, segundo ele, são frutos dos investimentos que a Prefeitura de Rio branco vem fazendo desde o início da primeira gestão do feito Tião Bocalom. A meta com o novo material didático são ainda mais ossadas. Somos a segunda capital do país com o melhor indicador do Ideb. Nosso objetivo agora é conquistarmos o primeiro lugar”, afirmou.

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