Publicado em 25/08/2025
Os deputados estaduais do Estado de São Paulo estão boicotando o governador Tarcísio de Freitas?
Os boicotes que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vem enfrentando por parte dos integrantes da sua correspondente Assembléia Legislativa tem como causa determinante a demora nas liberações das emendas parlamentares que os próprios enfiaram, goela abaixo, no seu próprio orçamento. Por que assim estão precedendo? Se os parlamentares federais assim procedem, por que nós não? Assim reagem.
Nos três níveis: federal, estadual e municipal, este último nem tanto, ainda assim não tardará o dia em que os vereadores dos nossos 5.560 municípios, irão por seus pés nos buchos dos seus prefeitos, ameaçando-os nestes termos: ou as nossas emendas farão parte dos orçamentos municipais ou não mais aprovaremos nenhuma proposta remetida pelos seus correspondes prefeitos.
As emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos não iriam tardar, como de fato não tardaram, a se transformar no mais escandaloso e antidemocrático mercado eleitoral do mundo, e o mais grave, abastecido com os nossos recursos públicos, estes já bastante escassos, até mesmo para atender as urgentes necessidades na nossa educação, saúde e segurança pública, estas entre outras prioridades.
No plano federal, neste ano de 2025, mais de R$-50,00 bilhões já estão reservados pelos nossos senadores e deputados federais, para fazer dessa montanha de recursos o que melhor lhes convier, e cada um deles, dispõe, anualmente, de R$-50,00 milhões e podendo fazer dessa montanha de dinheiro o que melhor lhes convier.
As recorrentes insatisfações entre o nosso presidente, nossos governadores e os nossos prefeitos têm sido causadas pela demora nas liberações de suas emendas, até porque, são através que eles compram os apoios eleitorais dos prefeitos às seus reeleições, e não raramente, recebem em forma de propina, um percentual das mesmas.
Das duas, uma: enquanto as emendas continuarem, e com suas liberações obrigatórias, e a corrupção continuará existindo e financiada com os nossos recursos públicos.
Não é atribuição dos nossos parlamentares participarem das elaborações dos nossos orçamentos públicos, e sim, aprovar e fiscalizar as suas execuções. Daí a pergunta que não pode calar: quem fiscaliza as emendas parlamentares propostas pelos nossos próprios parlamentares?
Como potencial candidato a presidência de nossa República e com chances de se eleger, se eleito, o que fará o então presidente Tarcísio de Freitas para enfrentar a fome dos nossos parlamentares, em sendo o prato preferido de quase todos eles são as suas emendas?


