25.3 C
Rio Branco
terça-feira, 25 de novembro de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do NarcisoGeral

Assim me comportava

Quando participava da nossa atividade política obedecia as regras do partido ao qual era filiado.

Nas democracias minimamente respeitáveis, ou mais precisamente, que se prezam, são seus partidos políticos que prevalecem e se prestam como escola, isto politicamente falando-se, e não as presenças de alguns figurões neles existentes, e menos ainda, de alguns outros recém admitidos que, por oportunismo, haviam batido as portas do partido a que pertencia.

Lamentavelmente, no nosso país, os nossos partidos políticos têm se prestado, sobremaneira, para atender os interesses dos tantos quantos buscam obter mandatos eletivos. Por exemplo: o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a ser filiado a nove partidos distintos e Ciro Gomes, a uma dezena deles.

Do nosso anárquico sistema partidário Fernando Collor de Melo e Jair Bolsonaro conseguiram chegar à presidência da nossa República, filiados a dois partidos desprovidos do mínimo de credibilidade e de respeito público. Reporto-me ao PRN e ao PSL, ambos já sepultados nos mesmos cemitérios para onde são mandados os cadáveres dos partidos políticos que morrem de “Causas mortis” não identificadas.

Nos EUA e na Inglaterra as suas correspondes democracias, não por sê-las consideradas perfeitas, mas sim, por serem as menos imperfeitas, e em todo o mundo, impossibilitam que alguém filiado a alguns dos seus ocasionais partidos, sejam alçados ao poder.

No nosso país, infelizmente, nossas Casas Legislativas: senado, câmara dos deputados, assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores, vamos encontrar representantes de mais de 20 partidos distintos, e o mesmo ocorre, nas governadorias das nossas 27 unidades federadas e nas nossas 5.560 prefeituras.

Politico/partidariamente, o Brasil não será administrável, e isto pela elementar razão: só e somente, à base das mais espúrias negociatas os nossos governantes, e em todos os níveis, conseguem obter as maiorias que precisam para aprovar os seus próprios projetos.

Não sou defensor do bipartidarismo político-partidário, mas sim, um opositor do nosso atual sistema, justamente por ele possibilitar determinadas candidaturas, em especial, àquelas que só prejudicam a consolidação da nossa própria democracia.

E qual o remédio, ou mais precisamente, a vacina, que impedirá determinadas candidaturas, em especial, as oportunistas?  As cláusulas de barreiras, estas sim, contrárias aos aventureiros políticos.

 Que o nosso atual sistema partidário seja lançado na lixeira da nossa história, e como consequência, que os nossos partidos se constituam nas verdadeiras e melhores escolas para o nosso aprendizado político.

Compartilhe:

Artigos Relacionados

Cúpula de chefes de Estado do Brics será em julho no Rio de Janeiro

Raimundo Souza

Estados acumulam R$ 2,8 bi para segurança pública que não conseguem gastar

Raimundo Souza

Santa Cruz joga contra o Plácido de Castro e pode se aproximar da semifinal

Kevin Souza

MPAC visita arena do rodeio da Expoacre 2024 e emite recomendação para proteção dos animais

Raimundo Souza

“Energia contagiante na nossa convenção”

Raimundo Souza

Baixa adesão à vacinação contra dengue e Covid-19 coloca Acre em alerta máximo, segundo Sesacre

Kevin Souza