Atualizada em 14/12/2024 10:33
As 33 famílias desalojadas da área “Promessa de Deus”, situada na região do São Francisco, continuam acampadas no hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) há aproximadamente 21 dias, exigindo uma solução habitacional permanente. Na sexta-feira, 13, integrantes do grupo se encontraram com integrantes do governo para debaterem propostas, porém, optaram por rejeitar a proposta feita.
Segundo Rosimilsom Ferreira de Araújo, 40, membro do movimento, o governo propôs o pagamento de apenas três meses de aluguel social, juntamente com um termo de compromisso que os manifestantes consideraram desfavoráveis. “Propuseram um acordo de três meses, porém apresentaram um termo de compromisso com cláusulas abusivas, violando a Lei 2.116, que estabelece que o Bolsa Moradia Transitória deve ser pago por um ano, e não por três meses.” “Eles estão criando obstáculos para nos fazer desistir do protesto”, afirmou.
Rosimilsom também criticou a ausência de suporte da administração municipal e do governo do estado. “Não recebemos suporte social, nem da administração municipal, nem do governo estadual.” “Até o momento, não recebemos nenhum auxílio relacionado a alimentação, água ou qualquer outro tipo de assistência”, declarou.
O líder da ação enfatizou que os acampados têm a intenção de resistir até que suas reivindicações sejam satisfeitas. Estamos presentes para lutar pela habitação e solicitar transparência no Plano Estadual de Habitação, que se encontra arquivado. A legislação estabelece que o Bolsa Moradia Transitória tem duração de um ano, com a opção de extensão por mais um ano, até que as moradias populares sejam concluídas. Atendemos a todos os requisitos e possuímos o direito. “Não iremos embora até que nossos direitos sejam honrados”, afirmou.