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Arlenilson Cunha se solidariza com produtores e denuncia política excludente do Governo Federal que ameaça a economia do Acre

Publicado em 23/06/2025

Deputado Arlenilson Cunha (PL) expressou sua indignação durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ao comentar os impactos da operação realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes. O parlamentar destacou que o momento representa uma das páginas mais tristes da história recente do estado, trazendo consequências sociais e econômicas graves para os trabalhadores rurais.
Arlenilson cumprimentou os produtores presentes na galeria, ressaltando que são homens e mulheres responsáveis por colocar alimento na mesa do povo acreano.

Também agradeceu ao presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (PP) pela prioridade dada ao tema na sessão. “Quero parabenizar Vossa Excelência por recepcionar essa causa tão nobre e necessária. Nosso povo merece respeito e atenção”, afirmou.

O deputado saudou lideranças comunitárias, como o ex-vereador Zezinho, de Porto Acre, além de representantes de comunidades. “Cumprimento todos que vieram de diversos municípios, porque essa luta é de todo o Acre, não é apenas do setor produtivo”, destacou.
O parlamentar lamentou profundamente a situação vivida pelos produtores, que, segundo ele, estão tendo suas propriedades destruídas e seus rebanhos levados de forma sumária. “É triste acompanhar isso.

As cercas sendo derrubadas, o gado sendo apreendido e levado para outros estados, enquanto as famílias ficam aqui, humilhadas, sem saber como vão sobreviver”, afirmou.
Cunha citou relatos de produtores que se tornaram conhecidos nas redes sociais devido ao sofrimento causado pela operação. “Nomes como seu Gutierres, Rodrigo Oliveira, seu Josenildo, e tantos outros que estão vivendo esse pesadelo.

E, certamente, há muitos outros casos tão graves ou piores que ainda nem vieram à tona”, completou. Expressando revolta com as operações contra humildes trabalhadores, Arlenilson Cunha voltou a criticar o fato de o gado estar sendo retirado do estado. “Nem em atos criminosos o sequestro de bens é feito dessa forma. Quando apreendem um avião ou um carro, o bem fica lá, à disposição do processo. Mas aqui, de forma sumária, levam o sustento de quem trabalha e não dão nenhuma chance de defesa”, disparou.

O parlamentar também alertou para os efeitos econômicos dessa política, destacando que o Acre não pode ser comparado a outros estados produtores do país. “O Acre tem suas particularidades. Diferente do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, somos um dos estados mais pobres do Brasil. Estive em Tarauacá recentemente, e lá temos um frigorífico cuja proposta é abater 300 bovinos por dia, gerando 380 empregos diretos. Agora imaginem o impacto desses embargos, dessas restrições. Isso está levando nosso estado a mais pobreza e miséria”, enfatizou.

Segundo o deputado, o que está sendo imposto é uma política autoritária, excludente e que desrespeita completamente os princípios da justiça social. “Aqui fica a minha indignação e o meu total apoio aos senhores e às senhoras que estão lutando. Essa Frente Parlamentar que foi criada precisa se manter firme, precisa ser combativa, até que essa situação absurda seja resolvida”, finalizou.

Comprometimento
Presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), reforçou durante a sessão desta terça-feira (17) que o Poder Legislativo está totalmente comprometido em apoiar os produtores rurais afetados pela operação realizada na Reserva Extrativista Chico Mendes. Ele anunciou a suspensão da sessão para realizar uma reunião emergencial com a comissão que representa os trabalhadores.

Resolução
O presidente explicou que a situação envolve tanto questões de competência estadual quanto federal. “Sabemos que há problemas que competem ao Estado e outros que são de responsabilidade do governo federal. Mas, da parte da Assembleia, tudo que estiver ao nosso alcance, nós vamos fazer. Vamos tratar diretamente com o Imac, Secretaria de Meio Ambiente, para agilizar a resolução das questões estaduais”, afirmou.

Responsabilidade federal
Nicolau também cobrou responsabilidade das instituições federais envolvidas no processo. “O governo federal também tem suas obrigações, seja através do Ibama, do ICMbio ou do Incra. A Assembleia não vai se omitir. Cada um dos 24 deputados está comprometido com essa pauta e com a busca de soluções para esse problema que afeta diretamente as famílias produtoras do nosso Acre”, ressaltou.

Terrorismo
Deputado Marcus Cavalcante (PDT) fez um pronunciamento em defesa dos produtores rurais do Estado. Indignado com as operações do ICMBio e os recentes episódios de destruição de propriedades e currais em áreas do interior, o parlamentar classificou as ações como “verdadeiro terror” e cobrou respeito aos trabalhadores do campo.

Lula e Marina
“É triste ver homens e mulheres de mãos calejadas, crianças vendo suas casas serem destruídas. Isso é o fruto de uma vida inteira dedicada ao trabalho. E o que estão fazendo com nosso povo é um massacre”, denunciou Cavalcante, que também é produtor rural e conhece de perto a realidade das comunidades.
O pedetista responsabilizou o Governo Federal e citou nominalmente o presidente Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pelas operações que, segundo ele, têm deixado um rastro de sofrimento no Estado.

Descrição do crime
Em tom emocionado, o parlamentar descreveu as ações do ICMBio como arbitrárias, denunciando a presença de agentes fortemente armados nas propriedades rurais. “Tratar o produtor rural como se fosse um bandido qualquer é inaceitável. Multar e perseguir quem desmatou um ou dois hectares para alimentar a família é desumano. Isso não pode continuar”, protestou.

Sem omissão
Por fim, o deputado reforçou que os parlamentares não devem se omitir diante da crise que atinge o setor produtivo acreano. “Contem com o meu apoio e com o apoio desta Casa. Vamos dar um basta nesse tipo de ação que humilha e destrói a dignidade de quem trabalha com a terra. Respeitem quem trabalha! ”, concluiu.

CPI em Bujari
Vereador Elias Daier (Partido Republicano) apresentou esta semana requerimento à mesa diretora da Câmara de Bujari, pedindo a abertura de uma CPI para investigar o estado em que se encontra a maioria das onze escolas municipais, notadamente as oito que funcionam na zona rural.

Entrevista
Três dos nove vereadores Bujari estiveram no programa Boa Noite Rio Branco, na TV Rio Branco-Rede Cultura, no início da semana. Mariazinha de Jesus (PDT), Marileide Martins e Elias Daier (Partido Republicano) afirmaram que o refeito de Bujari, João Padeiro (PDT) praticamente abandonou as escolas.

Rompimento
A vereadora Mariazinha de Jesus, eleita pelo PDT, partido do prefeito João Padeiro saiu da base governista. Ela alega falta de compromisso do prefeito para com a população bujariense. Ela cita como exemplo de descaso o que vem ocorrendo na Educação e o estado de abandono e que se encontram os ramais.

Compromisso
Vereador Zé Lopes (Partido Republicano), destacou o compromisso de seu mandato, bem como da Casa Legislativa, com a proteção às mulheres e o enfrentamento à violência doméstica. Ele lembrou que a Câmara de Rio Branco, por unanimidade, diversos projetos de lei voltados à proteção das mulheres e à garantia de direitos.

Destaques
Zé Lopes, destacou o PL de autoria da vereadora Elzinha Mendonça, que proíbe a contratação de agressores pela Prefeitura enquanto não houver cumprimento da pena; o PL que assegura cotas de emprego na administração pública municipal para mulheres vítimas de violência, de autoria do vereador Bruno Moraes (PP).

Difícil aceso
Vereador Éber Machado (MDB) manifestou preocupação com o que considera falta de respeito à atuação dos parlamentares de oposição e dificuldades de acesso a informações públicas essenciais ao exercício do mandato. Ele citou episódios recentes em que, segundo ele, projetos de sua autoria tiveram alterações sem o devido esclarecimento e requerimentos aprovados e ainda não respondidos.

Responsabilidade
“Nós temos feito uma oposição com responsabilidade. Nosso compromisso é com a população de Rio Branco. Não podemos aceitar que requerimentos aprovados não sejam respondidos e que sessões sejam esvaziadas, dificultando o debate parlamentar”, afirmou.

Sessão solene
A Câmara de Rio Branco realizou sessão solene em homenagem Clínica Renal na prestação de serviços de saúde, especialmente no tratamento de doenças renais crônicas no Acre. A sessão foi proposta pelo próprio presidente da Casa, vereador Joabe Lita (União Brasil).

Homenageados
Na oportunidade, o autor do requerimento, entregou moção de aplaudo aos médicos nefrologistas doutora Monicele Rodrigues Salles Sena e doutor Ricardo da Silva Sena, além da advogada Raquel Sena Barbosa, – que compõem a equipe diretiva da clínica.

Fazendo a diferença
“O serviço prestado por essa equipe é um exemplo de como a parceria entre o público e o privado pode salvar vidas. Eles fazem a diferença”, disse Joabe ao destacar o compromisso da instituição com a qualidade, o acolhimento humanizado e a estrutura adequada para oferecer tratamento de ponta a pacientes renais.

Preocupação
Vereador Samir (PP) destacou sua preocupação com o que classifica como “escalada da criminalidade na região central de Rio Branco’. O parlamentar relatou o furto de cabos e fiação elétrica na agência do Banco do Brasil, localizada ao lado da Assembleia Legislativa, fato que impediu o funcionamento normal da unidade bancária.

Guarda Municipal
Samir Bestene também reforçou o debate sobre a criação de uma Guarda Municipal em Rio Branco, apontando que a medida é essencial para ampliar a proteção dos espaços públicos e reforçar o patrulhamento urbano. “Quando falo em Guarda Municipal, parece que há uma resistência, mas é uma pauta cidade”, afirmou.

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