Atualizada em 27/11/2024 10:35
Não de uma hora para outra, mas sim, no decorrer dos nossos próximos dias, o que importa é o restabelecimento da nossa paz
Se os radicais do lulismo, bem como os radicais do bolsonarismo, continuarem esticando a corda, decerto, a mesma se arrebentaria, até porque, ultrapassado os seus limites de resistência, não restaria outra conseqüência, a não ser, o seu próprio rompimento.
Embora que, já muito tardiamente, tenhamos chegado à conclusão que a maldita polarização Lula/Bolsonaro, e pior ainda, entre os lulistas e os bolsonaritas, precisam ter fim, sobretudo pelos males já produzidos, não nos restará outra missão, a não ser, a de, já e imediatamente, iniciarmos a reconstrução da nossa paz, afinal de contas, a delicadeza da nossa atual e gravíssima situação , não nos autoriza ficarmos esperando pelo que advirá, posto que, boas coisas jamais viriam.
Custa-me crer que o indiciamento feito pela nossa PF-Polícia Federal, no inquérito denominado “Trama golpista”, tenha tido motivação de natureza político-partidária, nem pró-lulista e nem ante-bolsonarismo, e de igual forma, que as suas conclusões já fossem o bastante para incriminar os 37 indiciados, até porque, antes que isto possa acontecer, há que ser observado o legítimo direito de defesa dos indiciados, e ainda mais, das decisões que advirão do nosso Ministério Público Federal, e por fim, dos integrantes do nosso STF-Supremo Tribunal Federal.
A título de esclarecimento: no caso em tela, ainda que a decisão tenha que partir do STF, necessariamente, deverá partir do seu colegiado, dos seus 11 ministros, e não apenas do Ministro Alexandre de Moraes. Neste particular, registre-se a seguinte singularidade: se vários dos nossos atuais ministros dos STF foram indicados pelos então presidentes, Lula e Dilma, a do Xandão, como assim os bolsonaristas o denomina, veio do então presidente Michel Temer, hoje um ferrenho adversário dos lulistas, porém bastante próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Não votei no então candidato Jair Bolsonaro, nem nas eleições de 2018 e nem nas eleições de 2022, mesmo assim, não terei a mínima satisfação em vê-lo sentenciado e preso, a não ser que fique comprovada a sua participação nos crimes que resultou no seu indiciamento.
Se lamentável é o país que cria e cultua seus próprios heróis, e em vida, eu, particularmente confesso: enquanto vivos, não cultuo ninguém como herói, menos ainda, em se tratando dos nossos ex-presidentes, menos ainda, como genocidas e ladrões.
Quanto ao inquérito conduzido pela nossa Polícia Federal e que resultou no indiciamento do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que a este lhe seja dado o seu legítimo direito de defesa, condição indispensável para por fim na nossa polarização, justamente por sê-la bastante nociva.