Atualizada em 24/05/2025 10:23
KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo
Apelido pejorativo “Taxad” dado ao ministro Haddad voltou a ganhar força nas redes sociais. Ministro também é alvo de fogo amigo do Planalto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sai chamuscado do episódio de altas de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tributo que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro.
Apelidado de “Taxad”, Haddad começou a ser alvo da oposição em 2024, devido a medidas como a tributação das offshores e dos fundos exclusivos (os chamados super-ricos) e a taxação das encomendas internacionais, as populares “blusinhas”.
Agora, as medidas atingem a classe média, em razão das viagens ao exterior, além de grandes investidores, empresas e microempreendedores individuais (MEIs).
Analistas avaliam que a equipe econômica ofuscou o anúncio da contenção de despesas, de R$ 31,3 bilhões, ao anunciar mais uma medida arrecadatória. O próprio presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reconheceu que o intuito do governo era perseguir a meta de déficit zero em 2025.
A estimativa inicial com as medidas relacionadas ao IOF era de R$ 20,5 bilhões em 2025, mas a equipe econômica refaz os cálculos após o recuo na noite de quinta-feira (22/5), quando parte das elevações foi suprimida (veja detalhes sobre isso abaixo).
“Mais uma vez, vemos o governo buscando arrecadar sem mexer nos fundamentos. Aumentar o IOF significa elevar custos operacionais, especialmente para empresas que dependem de crédito rotativo e financiamento”, avalia Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.