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sexta-feira, 22 de agosto de 2025
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Acre reduz área de queimadas em 70% em um ano com ações integradas e estratégicas

Publicado em 22/08/2025

Dados recentes do Projeto AcreQueimadas, divulgados no último dia 17, desenvolvido pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA) da Universidade Federal do Acre (Ufac), revelam uma queda significativa de 70% na área queimada no estado entre 2024 e 2025.

Até 15 de agosto deste ano foram registrados 8.882 hectares atingidos pelo fogo em todo o território acreano, apontando também uma redução de aproximadamente 60% em comparação com os alertas do mesmo período de 2024, que são notificações emitidas por sistemas de monitoramento que indicam a ocorrência ou risco iminente de fogo em áreas naturais. Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, os números refletem o impacto positivo de ações integradas entre órgãos públicos, além de estratégias pontuais de prevenção e combate.

“Isso reflete, evidentemente, o trabalho integrado que o estado do Acre vem realizando, seja por meio do Corpo de Bombeiros, que lançou a Operação Fogo Controlado, e atua também de forma preventiva, seja através do grupo operacional de comando e controle, coordenado pela Casa Civil. Iniciamos também as ações da Operação Contenção Verde, que já está em sua quarta fase, realizada nesta semana em Cruzeiro do Sul. E, naturalmente, há ainda o trabalho contínuo de educação ambiental”, pontua o secretário.

A aproximação com os municípios foi fundamental para que essas linhas estratégicas surtissem efeito, pois se trata de um trabalho coordenado que ganhou força justamente por meio desse elo.

“Conversamos com as secretarias municipais, solicitando maior envolvimento na causa ambiental, especialmente nos municípios prioritários como Feijó, Tarauacá e Manoel Urbano. Acredito que isso tem surtido efeito. Também não podemos deixar de reconhecer, evidentemente, o trabalho realizado pelo governo federal, dentro dessa integração, que busca coibir as ilegalidades. Trata-se, portanto, de um conjunto de fatores que têm fortalecido a atuação dos órgãos ambientais, permitindo que alcancemos resultados expressivos. E, naturalmente, nosso objetivo é que esses avanços se perpetuem”, explica.

Operações realizadas pelo Estado contribuem para redução do desmatamento. Foto: José Caminha/Secom

Mesmo com os resultados positivos, Carvalho alerta que ainda há pela frente um mês desafiador: setembro, período em que foram registradas as menores cotas históricas do Rio Acre e que também concentra o aumento da poluição do ar.

“É hora de manter a ação e seguir buscando esses resultados, reduzindo os números, porque, no fim das contas, isso é bom para a população, especialmente pela questão da saúde. Ninguém quer mais, e ninguém aceita, um ambiente poluído como tivemos no ano passado. Esse é um pedido do governador Gladson Camelí a todos os órgãos ambientais: que tomem atitudes concretas para melhorar a qualidade do ar, reduzir as queimadas e conter o desmatamento. É isso que temos percebido aqui, com o engajamento de todos os órgãos de meio ambiente.”

[AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE]

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