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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Acre participa de painel sobre segurança alimentar na Amazônia e firma apoio à carta do CAL pela agricultura tropical sustentável na COP30

 

Em cumprimento às agendas durante a COP30, realizada em Belém (PA), o Acre esteve presente em mais um importante painel intitulado “Assistência Técnica e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia Brasileira”, realizado pelo Consórcio da Amazônia Legal (CAL), com participação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer). Na oportunidade, também foi feita a apresentação e entrega da carta da Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde.

Painel com foco na Assistência Técnica e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia Brasileira teve grande participação do público. Foto: Pedro Devani/Secom

O evento foi apresentado no Hub Amazônia, do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal (CAL), na Zona Verde.

Os painelistas foram: a diretora executiva do CAL, Vanessa Duarte, o consultor da Coordenação Regional Sul do IICA, Caio Rocha, o secretário de Agricultura de Rondônia, Luiz Paulo Batista, e o presidente da Asbraer, Otávio Martins.

Moderação do painel ficou por conta do secretário adjunto de Agricultura do Acre (Seagri), Edivan Azevedo. Foto: Pedro Devani/Secom

A moderação do painel ficou por conta do secretário adjunto da Secretaria de Agricultura do Acre (Seagri), Edivan Azevedo.

“Essa temática é importante para que a gente consiga segurança nutricional para todos, mas trabalhando, produzindo e desenvolvendo nossas regiões. Precisamos focar em tecnologia de forma gratuita para que nós consigamos produzir alimentos de qualidade, preservando o meio ambiente”, disse o secretário.

Foram abordadas temáticas relacionadas à construção de políticas públicas eficazes para a Amazônia com foco em um diagnóstico claro sobre a oferta de assistência técnica rural e as condições de segurança alimentar e nutricional das populações que vivem no território. Foram discutidos ainda os principais desafios e oportunidades para fortalecer esses dois pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região.

Diretora executiva do CAL, Vanessa Duarte, falou sobre a importância da segurança alimentar. Foto: Pedro Devani/Secom

“Estamos aqui hoje na COP30, nesse importante painel que une desenvolvimento sustentável, produção agrícola e com um foco específico, que é a segurança alimentar. Um tempo muito importante para os dias atuais onde precisamos resguardar a saúde das nossas populações, mas também desenvolver nossas regiões”, enfatizou a diretora executiva do CAL.

Entre os pontos apresentados, ganharam destaque iniciativas que integram a assistência técnica com cadeias produtivas sustentáveis, incentivo ao manejo florestal comunitário, apoio à agroecologia, valorização da sociobiodiversidade e programas de compras públicas que priorizam a produção local. De acordo com os especialistas, tais ações contribuem para gerar renda, ampliar a oferta de alimentos de qualidade e reduzir a vulnerabilidade social em áreas remotas.

Consultor internacional do IICA, Caio Rocha, enfatizou a importância de aliar desenvolvimento com sustentabilidade. Foto: Pedro Devani/Secom

“Garantir segurança alimentar na Amazônia exige enxergar o território em sua complexidade. Não se trata apenas de produzir mais, mas de fortalecer assistência técnica, valorizar os conhecimentos tradicionais e promover sistemas produtivos sustentáveis que respeitem as realidades locais. O IICA tem atuado para apoiar os estados amazônicos na construção de políticas públicas integradas, capazes de gerar autonomia, qualidade de vida e resiliência climática para as comunidades. A COP30 é um espaço essencial para mostrar que segurança alimentar é, acima de tudo, uma agenda estratégica para o presente e para o futuro da região”, afirmou o consultor internacional do IICA, Caio Rocha.

Ao final do evento, o secretário-adjunto da Seagri presenteou os painelistas com a famosa farinha de Cruzeiro do Sul que, por meio da Lei nº 15.051, de 20 de dezembro de 2024, que conferiu à cidade acreana o título de Capital Nacional da Farinha de Mandioca.

Ao final do evento, foi entregue uma carta do CAL, da Câmara Técnica de Agricultura. Foto: Pedro Devani/Secom

Carta

Ainda durante o painel, foi apresentada a carta de apoio do CAL em apoio às propostas do Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical para a COP30 e a agenda de ação climática global.

A Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde do Consórcio da Amazônia Legal declarou apoio ao documento “Agricultura Tropical Sustentável: Cultivando Soluções para Alimentos, Energia e Clima”, elaborado pelo Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical. O Consórcio destaca que as propostas estão alinhadas à agenda amazônica de desenvolvimento sustentável, reforçando a agricultura tropical como solução estratégica para enfrentar as mudanças climáticas, garantir segurança alimentar e impulsionar a transição energética.

Secretário adjunto de Agricultura, Edivan Azevedo, entregou a famosa farinha de Cruzeiro do Sul aos painelistas. Foto: Pedro Devani/Secom

O documento também enfatiza o papel da Amazônia Legal como epicentro das soluções tropicais globais, defendendo a expansão de práticas regenerativas, bioeconomia, agrofloresta e assistência técnica territorializada. Para o Consórcio, a agricultura tropical representa um caminho concreto para conciliar produção, conservação e inclusão social, demonstrando que a experiência amazônica pode inspirar políticas climáticas e produtivas em escala mundial.

A Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde do Consórcio da Amazônia Legal declarou apoio ao documento “Agricultura Tropical Sustentável: Cultivando Soluções para Alimentos, Energia e Clima”, elaborado pelo Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical.

O consórcio destaca que as propostas estão alinhadas à agenda amazônica de desenvolvimento sustentável, reforçando a agricultura tropical como solução estratégica para enfrentar as mudanças climáticas, garantir segurança alimentar e impulsionar a transição energética. A carta ressalta a convergência entre as diretrizes apresentadas e as prioridades regionais, como adaptação climática, fortalecimento da ciência e inovação, valorização de modelos produtivos sustentáveis e acesso a financiamento climático, especialmente no âmbito do novo NCQG.

A carta também enfatiza o papel da Amazônia Legal como epicentro das soluções tropicais globais, defendendo a expansão de práticas regenerativas, bioeconomia, agrofloresta e assistência técnica territorializada.

O documento foi assinado pelos secretários das pastas ligadas à agricultura dos nove estados da Amazônia Legal.

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