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sexta-feira, 9 de maio de 2025
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Panorama Político

A trajetória de Romildo Magalhaes, o deputado constituinte que virou governador em função do assassinato de Edmundo Pinto

Atualizada em 18/07/2024 09:34
Ex-governador do Acre Romildo Magalhães, 78, morreu na madrugada deste domingo, 14, anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. Romildo estava em estado crítico desde que deu entrada na UTI no dia 5 de julho por complicações da diabetes. O ex-governador, estava em coma desde o dia 09, e respondia a alguns estímulos, mas no sábado, teve piora súbita em seu quadro de saúde. Há mais de dez anos, o ex-governador sofria com complicações relacionadas ao diabetes, motivo de internações anteriores. O velório ocorreu no Palácio Rio, neste domingo, de onde saiu o enterro às 16h30, no Cemitério São João Batista.
O governo do Acre divulgou uma nota de pesar, assinada pelo governador Gladson Cameli, e decretou luto oficial de três dias pela morte do ex-gestor. Confira nota na íntegra abaixo. “Romildo Magalhães ‘deixa uma história de forte influência na política acreana dos últimos 40 anos, que serão levados para toda a vida por seus irmãos, filhos e netos e sua esposa Rosinha Magalhães”, diz a nota oficial. A nota destaca também que Romildo teve a vida pautada pela simplicidade, cuidado e amor ao próximo.
“Que Deus possa fortalecer os corações de seus familiares e amigos diante de tamanha dor e tristeza, dando-lhes a certeza de que ela agora habita em plenitude de alegria nos braços de Deus”, afirmou o governador Gladson Cameli (PP), que era menor de idade, à época em que Romildo governou o Acre.
Nascido em 09 de abril de 1946, Romildo ingressou no cenário Político em Feijó, sua terra natal, onde foi vereador por três mandatos consecutivos e prefeito por duas vezes. Depois Romildo se elegeu deputado e ficou na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) por três mandatos consecutivos e foi constituinte. Ele exerceu vários cargos na mesa diretora, entre os quais o de primeiro-secretário. Em novembro de 1990, foi eleito vice-governador na chapa liderada pelo então deputado Edmundo Pinto. À época, o partido do dois era o PDS, que virou PPR, PPB e, em 2017, virou PP.
Em maio de 1992, como o assassinato do governador Edmundo Pinto, em São Paulo (SP), Romildo Magalhaes assumiu o governo do Acre e ficou no cargo até o dia 31 de dezembro de 1994, quando foi sucedido pelo governador Orleir Cameli, seu colega de partido, que morreu em maio de 2013, em Manaus (AM). No período em que governou o Acre, Romildo perdeu a mãe, a mulher, um tio e vários filhos, um deles, Romildo Magalhaes Filho, assassinado durante assalto em aras de propriedade da família, na Estrada AC-90 (Transacreana), em maior de 1995.
Nota do governo
“O governo do Estado do Acre manifesta seu mais profundo pesar e condolências aos familiares e amigos e decreta luto oficial de três dias pelo falecimento do ex-governador Romildo Magalhães da Silva, ocorrido na madrugada deste domingo, 14.O velório acontecerá no Palácio Rio Branco, a partir das 10h deste domingo”.
Dor e tristeza
“Que Deus possa fortalecer os corações de seus familiares e amigos diante de tamanha dor e tristeza, dando-lhes a certeza de que ela agora habita em plenitude de alegria nos braços de Deus”, escreveu o governador Gladson de Lima Cameli (PP).
Relembrado ajuda
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), lamentou a morte do ex-governador Romildo Magalhaes e lembrou que recebeu, em seu gabinete, na tarde de segunda-feira, 19 de julho de 2021. Lembrou também que quando foi prefeito de Acrelândia, no primeiro mandato, recebeu apoio de Edmundo Pinto e depois de Romildo Magalhães. “Ele me ajudou muito quando foi governador”.
Atentado contra Trump
Ex-presidente americano, Donald Trump, foi alvo de disparos em um comício na Pensilvânia, nos Estados Unidos neste sábado (13). Candidato e líder de todas as pesquisas de intenções de votos, Trump foi atingido na orelha no atentado. O serviço secreto dos Estados Unidos retirou o ex-presidente do palco em um evento de campanha após tiros serem disparados no local.
Segurança
Mesmo com todo o aparato de segurança, vários presidentes norte-americanos já foram alvos de atentados. Em 1963, John Kennedy foi assassinado enquanto desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas. Ele tinha apenas 46 anos (e um irmão, Bob Kennedy, foi assassinado quando pretendia disputar a Presidência). Ronald Reagan foi baleado em Washington, mas sobreviveu.
Anteriores
Bem antes de Kennedy e Reagan serem alvos de tiros, Abraham Lincoln foi alvejado na cabeça enquanto assistia uma peça teatro em Washington. O 16º presidente dos Estados Unidos enfrentou a Guerra da Secessão (1861-1865), aboliu a escravidão e unificou o Sul e o Norte. Isso já era motivo suficiente para estar na lista de pessoas marcadas para morrer.
Tiros no teatro
No dia 14 de abril de 1865, Lincoln e sua mulher Mary entraram no Teatro Ford e se dirigiram para o camarote presidencial. No intervalo da peça, o segurança da Presidência se ausentou. Foi o momento para que John Wilkes Booth entrasse no camarote e disparasse um tiro na nuca de Lincoln.
Não resistiu
Abraham Lincoln foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. O camarote presidencial no Teatro Ford tem, até hoje, a bandeira norte-americana recordando o fatídico dia. Em 1881, o presidente James Garfield sofreu um atentado. Morreu quando era operado, por causa de infecção. O presidente William McKinley foi assassinado, em 1901, pelo anarquista Leon Czolgosz.
Sobreviventes
Fora os assassinados, oito outros presidentes sofreram atentados e sobreviveram: Andrew Jackson, em 1835; Theodore Roosevelt, em 1912; Franklin Delano Roosevelt, em 1945; Harry Truman, em 1950; Richard Nixon, em 1974; Gerald Ford, em 1975; Jimmy Carter, em 1979, e Ronald Reagan, em 1981.
Nas ruas
Pré-candidato a prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (MDB), intensificou as visitas e reuniões com moradores, líderes e grupos organizados. Neste fim de semana, Marcus Alexandre e Marfisa Galvão (PSD) participaram de reuniões em diversos bairros da capital e na área rural.
Praia do Amapá
No Loteamento Praia do Amapá, Marcus Alexandre esteve ao lado da pré-candidata a vice-prefeita, Marfisa Galvão, em encontro que reuniu centenas de moradores que compareceram para ouvir as propostas dos pré-candidatos e declarar apoio.
Fim da greve
 As aulas dos cursos de graduação da Universidade Federal do Acre (Ufac) são retomadas nesta próxima segunda-feira, 15, conforme decisão do Conselho Universitário (Consu) em reunião realizada na terça-feira, 09. A reprogramação do calendário acadêmico da Ufac para o ano letivo de 2024 foi necessária após o fim da greve dos docentes.
Reprogramação 
A reprogramação foi feita a partir de algumas diretrizes em comum acordo com os princípios encaminhados pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), entre eles o retorno das aulas com o cumprimento integral dos dias letivos e carga horária, mantendo os semestres com 108 dias letivos.
Nenhum avanço
Servidores da Ufac terminam a greve de mais de dois meses do mesmo jeitinho que começaram, ou seja, sem nenhum avanço. Evidente que a decepção é grande, sobretudo dos que “fizeram o L” e sonhavam com tratamento melhor por parte do governo federal. O Preside concedeu aumento salarial aos membros das Forças Armadas e da Polícia Federal.
Racha da sobra
Sem acordo entre MDB e PSB, os socialistas partido anunciaram, na semana passada, a pré-candidatura do ex-deputado e médico Jenilson Leite à Prefeitura de Rio Branco. Claro que os emedebistas tentam minimizar, mas tal fato foi um tremendo golpe nas pretensões do partido em tentar voltar a comandar a prefeitura.
Crescimento
Crescimento da popularidade do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL) é algo incontestável. Praticamente, na mesma intensidade, sobre seu prestígio nas pesquisas de intenções de votos. Resta saber se ele vai conseguir transformar popularidade em votos. A entrada do doutor Alysson Bestene (PP) como vice em sua chapa também fortaleceu sua pré-candidatura.

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