Atualizada em 14/06/2024 09:48
Nas eleições de 1982, no nosso Acre, o PMDB elegeu 16 deputados estaduais e o PDS, apenas 8 deles.
Na referida eleição o então deputado federal, Nabor Junior, havia sido eleito governador do nosso Estado. Assim sendo, poderia contar e a seu favor, com uma ampla maioria parlamentar. Se pretendesse, o governador Nabor Junior poderia menosprezar a sua minguada oposição, pois a mesma não teria a menor condição de atrapalhar a sua gestão, menos ainda, de influir na eleição dos membros da mesa diretora da nossa ALEAC.
Eu, particularmente, fazia parte da diminuta bancada do PDS e mesmo sendo seu opositor, participei de alguns encontros convocados pelo governador Nabor Junior, sempre que ele pretendia que fosse dada celeridade aos projetos que enviava à apreciação da nossa ALEAC.
Quando da eleição do deputado estadual que presidiria a presidência da nossa ALEAC, com seus 16 deputados estaduais, o MDB elegeria todos os integrantes da sua mesa diretora, posto que, com seus minguados 8 deputados estaduais, ainda que resistisse, o PDS só encontraria seus assentos no seu plenário.
Ainda assim, num encontro com a bancada do PDS, tendo a eleição da mesa diretora do ALEAC como motivação, o governador Nabor Junior defendeu a candidatura do então deputado estadual Edson Cadaxo para presidi-la. Em não tendo ouvido nenhuma discordância, de pronto, sugeriu que o PSD indicasse um dos seus parlamentares para exercer as funções de 1º secretaria da ALEAC.
Presentemente, dada a proliferação dos partidos políticos, cada um deles, a seu jeito e modo, fazendo o possível, e até mesmo o impossível, para ampliar os seus poderes, disto tem resultado as piores reações, tanto no nosso Congresso Nacional quanto nas Assembléias legislativas dos nossos Estados. Até se disputam, a ferro e fogo, as suplências de suas respectivas mesas diretoras.
Ano que vem, quando da sucessão do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, como o mesmo não mais poderá concorrer a um terceiro mandato, já são tantos os pretendentes à sucedê-lo, que a referida disputa irá se dá num verdadeiro clima de guerra. Disto não tenhamos a menor dúvida.
A política não existe para fazer dos eleitores uma bola de pingue-pongue, pior ainda, numa jogatina entre direita e esquerda.