23.3 C
Rio Branco
domingo, 20 de abril de 2025
O RIO BRANCO
Acre

Linguagem de sinais caseira é tema de formação para intérpretes e tradutores de Libras em Rio Branco

Atualizada em 10/05/2024 16:39

Cerca de 60 intérpretes e tradutores da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que atuam em diversas instituições de ensino da rede estadual em Rio Branco, participam durante esta semana, no Centro de Apoio do Surdo (CAS) da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), de uma formação continuada sobre linguagem de sinais caseira. O tema é objeto de pesquisa de Ivanete Cerqueira, doutora em Língua de Sinais Caseira e professora do curso de Letras-Libras da Universidade Federal do Acre.

De acordo com a pesquisadora, o estudo é fruto da observação da comunidade surda do Vale do Juruá que vive em áreas mais afastadas dos centros urbanos. “Quando o surdo vinha pra escola, ele não sabia Libras, mas observei que eles falavam uma língua diferente”, explica.

Segundo a pesquisa de Ivanete, a comunicação desenvolvida por esses surdos é um sistema linguístico completo, com regras formatadas e até mesmo parecidas com a Libras, mas desenvolvida no âmbito familiar e que deve ser reconhecida como língua materna do indivíduo que faz uso dela.

Desse modo, quando esse surdo entra na educação básica, o ensino da Libras e da Língua Portuguesa constitui o ensino de uma segunda e terceira língua. “É preciso fazer uma ponte entre o conhecimento linguístico que essa criança traz com as línguas que se quer ensinar, para que ela possa, de fato, ser valorizada e ser vista como pessoa protagonista da própria vida”, ressalta a pesquisadora.

Para a coordenadora do CAS, Lindomar Araújo, o conhecimento transmitido aos intérpretes e tradutores coloca a rede estadual à frente na prestação do serviço aos estudantes que necessitam desse atendimento. “É um conhecimento muito específico e muito importante para quem está na ponta, atendendo o aluno”, destaca.

A tradutora e intérprete Monique Santos, que trabalha há 12 anos na área, conta que a pesquisa abordada durante a formação trouxe uma nova perspectiva do ponto de vista dos alunos surdos. “Esclareceu muitas dúvidas, principalmente no ensino da Libras e do português”, avalia.

[Agência de Notícias do Acre]

Artigos Relacionados

Prefeitura de Rio Branco realiza operação de guerra contra o mosquito da dengue

Jamile Romano

Rio Branco atende recomendação emitida pelo MPAC e adota ponto eletrônico em unidades de saúde

Jamile Romano

A lista de convocados da terceira chamada do Sisu 2025 é divulgada; confira os nomes

Raimundo Souza

Censo 2022: População parda supera a branca pela 1ª vez no Brasil desde 199

Jamile Romano

Na Aleac, Socorro Neri é homenageada pela Associação de Farmacêuticos do Acre

Marcio Nunes

Motorista perde controle do carro e cai dentro de igarapé, em Rio Branco

Jamile Romano