Publicado em 24/12/2025
Mesmo após a identificação de Antônio de Souza Moraes, de 22 anos, como autor do homicídio de Moisés Ferreira Alencastro, a Polícia Civil do Acre informou que o crime ainda não está totalmente esclarecido. Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (24), o delegado Alcino Ferreira Júnior afirmou que há indícios consistentes da participação de uma segunda pessoa no momento do assassinato.
De acordo com o delegado, a definição da autoria representou apenas uma etapa inicial da investigação. Segundo ele, as análises técnicas e os depoimentos colhidos nas últimas 48 horas apontam que mais de uma pessoa estava no apartamento no momento do crime.
“Embora a autoria já esteja definida, acreditamos que houve a participação de uma segunda pessoa, o que ainda será aprofundado nas investigações para que possamos identificá-la”, afirmou o delegado durante a entrevista.
A ausência de sinais de arrombamento no imóvel reforça a hipótese de que os envolvidos entraram no local de forma consensual. Para a Polícia Civil, esse detalhe indica que havia algum tipo de vínculo entre a vítima e as pessoas que estavam no apartamento.
O delegado também explicou que, apesar da subtração de bens após o crime, a hipótese inicial de latrocínio foi descartada. Segundo ele, a investigação aponta que o homicídio ocorreu primeiro, possivelmente após um desentendimento, e que somente depois houve a retirada de objetos da vítima.
“Pode haver a falsa impressão de que a subtração de bens caracteriza automaticamente um latrocínio, mas isso nem sempre é verdadeiro. O que se desenha é um homicídio seguido de furto”, esclareceu.
A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que o crime tenha sido motivado por um conflito entre pessoas que mantinham algum tipo de relação com Moisés Alencastro. A identificação do segundo envolvido, segundo o delegado, é prioridade neste momento da apuração.
As diligências continuam tanto em Rio Branco quanto em municípios do interior do estado. A polícia aguarda ainda a conclusão de laudos periciais, incluindo o exame cadavérico, para esclarecer detalhes técnicos como a dinâmica do crime, o número de golpes e o horário aproximado da morte.

