Publicado em 08/12/2025
Mulheres indígenas entre 14 e 49 anos que vivem na área urbana de Rio Branco agora podem receber o Implanon, método contraceptivo de longa duração disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e capaz de prevenir a gravidez por até três anos. A informação foi divulgada pelo g1.
A ampliação do acesso integra uma política voltada a públicos que demandam atendimento especializado, como adolescentes, mulheres em situação de rua, privadas de liberdade e indígenas. Para receber o implante, as interessadas devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima, onde serão incluídas na fila de regulação.
Segundo a coordenação responsável, a iniciativa busca reduzir barreiras culturais e institucionais, oferecendo atendimento humanizado com foco em orientação e planejamento reprodutivo. Durante o processo, as mulheres passam por acolhimento, avaliação, testes rápidos para HIV, sífilis e gravidez, além de participarem de rodas de conversa sobre planejamento familiar.
O Implanon é considerado um método altamente eficaz e de baixa manutenção, procurado por quem deseja adiar a maternidade ou ampliar a autonomia sobre a própria vida reprodutiva.
A chefe da Divisão da População Indígena da Saúde, Ângela Oliveira, afirmou que o cadastramento já começou e que o atendimento será expandido conforme a demanda. “A orientação é que todas as mulheres interessadas procurem as unidades de saúde”, destacou.
Representando organizações de mulheres indígenas no Acre, Xipu Shanenawa reforçou que a iniciativa não tem caráter de controle reprodutivo. Segundo ela, o objetivo é garantir que cada mulher possa decidir de forma livre e consciente, conforme seus projetos pessoais e metas de vida.

