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quinta-feira, 27 de novembro de 2025
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Duarte alerta para avanço “avassalador” do crime organizado na Amazônia e cobra ações urgentes do Governo Federal

Deputado acreano critica omissão na segurança e cita dados que mostram presença de facções em todos os municípios do Acre

O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos–AC) fez um pronunciamento incisivo na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26), denunciando o avanço acelerado das facções criminosas na Amazônia Legal e cobrando medidas imediatas do Governo Federal para conter o colapso da segurança pública na região.

Duarte citou dados da 4ª edição da pesquisa Cartografias da Violência na Amazônia, divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que revelam a expansão inédita do crime organizado. Segundo o levantamento, 17 facções atuam atualmente na Amazônia Legal. O Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) tiveram crescimento “avassalador”: em apenas um ano, o CV passou de presença em 128 para 286 municípios. No total, 344 das 772 cidades amazônicas já sofrem influência direta de grupos criminosos.

No Acre, o cenário é ainda mais alarmante. O estado aparece como o único da Amazônia Legal com presença de facções em 100% dos municípios, segundo o estudo.

Duarte destacou que o Acre se tornou um corredor estratégico para o narcotráfico internacional, usado como rota para a cocaína que chega do Peru, da Bolívia e da Colômbia. Ele afirmou ainda que as facções têm expandido suas atividades para o garimpo ilegal, a exploração de madeira e a pesca clandestina, agravando os danos ambientais e acelerando a destruição da floresta.

O parlamentar criticou a falta de políticas específicas para a região nas propostas do Executivo, como a PEC da Segurança Pública e o projeto de lei antifacção. “É inadmissível que não haja uma única linha dedicada à Amazônia, justamente onde o crime mais cresce, prospera e lucra”, declarou.

Duarte defendeu uma resposta imediata e coordenada entre União, estados e municípios, com políticas de segurança adaptadas às particularidades amazônicas, levando em conta a geografia, as características culturais e as vulnerabilidades das fronteiras.

“A hora é agora. Ou o Estado brasileiro assume o controle da Amazônia, ou seremos engolidos pela barbárie. Não permitiremos que a negligência transforme o Acre em um território sem lei”, concluiu.

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