Num país politicamente envenenado, um incêndio como o, que ocorreu na COP-30 repercutiu mais que o da boite Kiss
De triste memória, trago a tragédia acima para demonstrar o tanto quanto um país politicamente envenenado é capaz de produzir. Portanto, trago como referência o incendiozinho que aconteceu no decorrer da COP-30, esta realizada na cidade de Belém, capital do Estado do Pará.
Por que o denominei de incendiozinho? Porque o mesmo fora literalmente debelado em apenas seis minutos e dele não resultou nenhuma morte, diria até, nenhum ferido.
E por que tamanho sensacionalismo em relação ao incêndio havido na COP-30? Em primeiro lugar, por que nunca foi do interesse das grandes potências mundiais: “EUA, China e Rússia, entre outros” justamente as que mais tiram proveitos com a queima de combustíveis fósseis. Neste particular, sequer dão ouvidos aos mais especializados cientistas no quesito desequilíbrio climático.
Mas como o nosso país está atravessando o pior período da nossa história, isto em razão da nossa nociva, odiosa e radical polarização política, qualquer coisa que possa favorecer um dois dos pólos, de pronto, o outro se coloca em oposição.
A importância da COP-30 jamais poderá ser subestimada, até porque, mais 190 países do mundo estiveram presentes, e sobre àqueles cujos chefes estiveram ausentes, uma coisa é certa: seus olheiros e muito atentamente acompanharam, nos seus mínimos detalhes, a tudo que fora debatido e proposto.
Como a COP-30 teve a sua origem numa proposta do presidente Lula, logicamente, os seus opositores iriam fazer o que estão fazendo, ou seja, tentando transformá-la numa conferência de pouca ou nenhuma importância, independente da contribuição que a mesma possa emprestar para o meio ambiente planetário e do nosso país.
Volto a repetir: não sou lulista e nem estou comprometido a dá-lhes o meu voto caso ele venha concorrer a um 4º mandato presidencial, mas pelo fato de ter trazido a COP-30 para o Brasil e sediá-la na nossa Amazônia, nada mais providencial.
Lamentavelmente e cada vez mais me preocupo com a nossa radicalização política, até porque, dada a proximidade das nossas eleições, menos de um ano, tudo está nos levando a crer que entraremos numa guerra do tipo “dente por dente e olho por olho” e da qual muitos sairão cegos e banguelas.

