Comboio leva o ex-presidente Jair Bolsonaro preso para a sede da superintendência da Policia Federal em Brasília. Foto: Reprodução via TV Globo Foto: Reprodução via TV Globo
Por Pepita Ortega (Broadcast) | ESTADÃO
Defesa enviou ao STF na sexta, 21, documento que listava 10 problemas de saúde do ex-presidente; ministro decidiu também que prisão preventiva seria feita ‘com todo respeito à dignidade’, sem algemas e exposição midiática
Entenda os motivos que levaram o ministro Alexandre de Moraes a mandar prender preventivamente o ex-presidente. Crédito: Vinícius Valfré
BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em regime de plantão, durante a prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. A informação consta da decisão que decretou a preventiva de Bolsonaro por “garantia da ordem pública”.
Segundo o despacho, a prisão do ex-chefe do Executivo, cumprida na manhã deste sábado, 22, teria de se dar com “todo o respeito à dignidade” de Bolsonaro, “sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”. A audiência de custódia do ex-presidente está marcada para este domingo, 23, às 12h, por videoconferência.
Ainda de acordo com o despacho de Moraes, o STF terá de autorizar todas as visitas a Bolsonaro, salvo a dos advogados e da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do ex-presidente.
Relatório médico de Bolsonaro, enviado pela defesa do ex-presidente ao STF na sexta-feira, 21, listou 10 problemas de saúde para evitar prisão. Assinado pelos médicos de Bolsonaro, o documento reuniu o histórico de cirurgias desde a facada de 2018, episódios de pneumonia registrados neste ano e um conjunto de problemas de saúde que, segundo os profissionais, exige monitoramento contínuo e possibilidade de atendimento hospitalar imediato.
O ministro do STF pediu ao presidente da 1ª Turma do STF, Flávio Dino, a convocação de sessão virtual extraordinária para segunda, 24, para referendar a decisão da prisão do ex-presidente.

