Publicado em 03/11/2025
Trabalhadores da educação municipal de Rio Branco realizaram, nesta segunda-feira (3), uma paralisação parcial em escolas da capital, culminando em um ato público em frente à sede da prefeitura, no centro da cidade. O movimento, organizado pelo Sinteac, cobra principalmente o reajuste salarial anual para compensar a inflação — que já ultrapassa 3,8% em 2025 — e a reposição de perdas acumuladas, estimadas em mais de 10%. Nenhuma unidade escolar foi totalmente fechada.
De acordo com Ronilton Honorato, diretor jurídico do sindicato, a mobilização ocorre em meio a um impasse nas negociações com a administração municipal. Segundo ele, as reuniões com a prefeitura não têm resultado em avanços concretos.
“Nós temos tido algumas reuniões com a prefeitura, mas não temos definições. A gestão coloca a reformulação do RBPrev como condição para discutir reajuste, e entendemos que uma coisa não depende da outra”, explicou Honorato.
O sindicalista ressaltou ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal não impede o reajuste, já que os recursos da Educação são vinculados e não interferem em outras áreas do orçamento municipal.
Apesar de existir uma restrição judicial à greve, o movimento desta segunda foi classificado como paralisação legal. Honorato afirmou que o ato serve para relembrar as pautas pendentes da categoria.
“Estamos reivindicando a reformulação do piso, o reajuste, a atualização da tabela do PCCR e a progressão e promoção dos trabalhadores da Educação de Rio Branco”, destacou.
A manifestação, realizada em frente à prefeitura, simbolizou o foco das reivindicações diretamente no Executivo municipal.
O Sinteac informou que a paralisação deve se encerrar ainda hoje, mas novas mobilizações não estão descartadas. Uma audiência no Tribunal de Justiça, marcada para o dia 14 de novembro, será decisiva para definir se a Justiça manterá ou derrubará as restrições às greves da categoria.

