A chuva intensa que atingiu Rio Branco na tarde desta segunda-feira, 27 de outubro, trouxe à tona, mais uma vez, o drama recorrente de moradores de diversas regiões da capital acreana, com destaque para a situação crítica no bairro Floresta Sul, onde o transbordamento de um esgoto a céu aberto transformou as ruas em um cenário de insalubridade e prejuízo.
O repórter Whidy Melo, do ac24horas, registrou a dimensão do problema, mostrando o alagamento em vias como as ruas Marte e Graviola, na região do Tropical, nas proximidades do quartel do Corpo de Bombeiros. No entanto, a calamidade no Floresta Sul revelou o lado mais amargo da falta de infraestrutura.
O morador Arthur Pereira descreveu o desespero de sua comunidade, que se repete a cada precipitação. “Nós estamos aqui agora depois de uma pequena chuva que deu aqui e transbordou tudo. A semana passada veio o pessoal do Depasa aqui, disse que não era com eles, era com a Emurb e toma desse jeito aí, ó, tudo alagado, qualquer chuva que dá vai para dentro dos quintais, alaga tudo e ninguém faz nada”, desabafou.
A água da chuva, misturada ao esgoto transbordado, invadiu residências, gerando um risco sanitário e um caos social. “Tamo aí, ó, de qualquer jeito, a chuva entrando, toda bosta dentro das suas residências aqui para baixo e só promete que vem e não vem ninguém fazer nada”, reiterou Pereira, sublinhando a inércia dos órgãos responsáveis — Depasa (Departamento Estadual de Água e Saneamento) e Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) — que, segundo ele, trocam responsabilidades e deixam a população à mercê.
Apesar dos transtornos generalizados registrados em outras áreas da cidade, a Defesa Civil Municipal não havia divulgado até o momento o balanço oficial ou o número de ocorrências atendidas, deixando um vácuo de informação para os moradores que enfrentam o alagamento e a contaminação.
O cenário em Rio Branco, marcado por vias intransitáveis e o retorno do esgoto para dentro das casas, é um retrato da urgência por soluções definitivas de drenagem e saneamento básico que ponham fim a este ciclo vicioso de promessas não cumpridas e desastres a cada chuva.
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