Foto: Felipe Freire/Secom
Plantão de Justiça de Rio Branco autorizou neste domingo (26) uma operação de busca e apreensão na Maternidade Bárbara Heliodora, na capital acreana. A medida, solicitada pela Polícia Civil, faz parte da investigação do chocante caso do recém-nascido José Pedro, declarado morto pela equipe médica da unidade hospitalar na última sexta-feira (24), mas que apresentou sinais de vida antes do próprio sepultamento.
A situação ganhou grande repercussão após a criança, que nasceu prematura com apenas cinco meses de gestação, ter sido levada para o Cemitério, no último sábado (25). Foi durante o procedimento funerário que familiares notaram que o bebê, já no caixão, estava vivo.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prontamente instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do ocorrido. Na manhã de hoje, agentes da Civil estiveram na Maternidade Bárbara Heliodora para coletar materiais que ajudem a esclarecer o caso.
Documentos e Imagens Requisitados
A decisão judicial que autorizou a busca e apreensão garantiu aos agentes acesso a documentos cruciais para a investigação. Foram requisitados o prontuário médico completo da criança, José Pedro, e de sua mãe, Sabrina Sousa.
Além dos registros médicos, a Justiça determinou a entrega da lista completa de todos os funcionários, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos, que estavam de plantão e participaram do atendimento à mãe e ao bebê. Imagens capturadas pelas câmeras de segurança da maternidade também foram requisitadas e serão juntadas ao inquérito.
A investigação da DHPP busca entender como o bebê, mesmo nascido em condições extremamente prematuras, pôde ter sido declarado morto e emitido o atestado de óbito. O material apreendido será fundamental para determinar a responsabilidade e a conduta dos profissionais envolvidos no atendimento, buscando elucidar se houve erro ou negligência por parte da equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora. O caso segue em apuração.

